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Vice-presidente da Câmara de Nilópolis é preso em operação contra a maior milícia do estado

Vereador e vice-presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Mauro Rogério Nascimento de Jesus, o Maurinho do Paiol (PSD), foi preso na manhã de quinta-feira (10) durante a Operação Hoste, da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), contra a maior milícia do estado. Além do político, os agentes prenderam outras oito pessoas, entre elas dois PMs. Segundo as investigações, Maurinho é o líder desse grupo paramilitar.

Cerca de 150 policiais federais cumprem 19 mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, nas cidades do Rio de Janeiro, Nilópolis e Mesquita. Os agentes também estão cumprindo 29 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos acusados e na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, onde Diego Nunes Rayol está preso. A ação também conta com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Durante as buscas, os agentes encontraram o que seria uma central de controle do “gatonet”, em um dos endereços em Nilópolis, na Baixada. Relógios e um cinturão com munições também foram apreendidos na residência de outro alvos da operação no Recreio dos Bandeiras, Zona Oeste.

As investigações apontam que Maurinho do Paiol é o chefe da submilícia de Nilópolis, na Baixada. O MPRJ informou que o grupo mantém relação próxima com a organização criminosa que já foi liderada pelo miliciano Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, morto em 2021, e atualmente liderada pelo seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, utilizando-se de armas de fogo para disseminar o temor e exercer o domínio sobre a população das localidades dominadas.

“Além disso, ao expandir seus domínios para a comunidade Az de Ouro, em Anchieta, passou a atuar também no tráfico de drogas, fazendo parte da cúpula da referida comunidade, ligada à facção criminosa TCP”, disse o MPRJ em nota.

Além de atuar em Nilópolis, o grupo criminoso opera em São João de Meriti e no bairro de Anchieta, na Zona Norte do Rio. A organização conta com a participação de quatro policiais militares, também alvos de mandados de prisão e de ordens de afastamento do cargo, por decisão da Vara de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

De acordo com a PF, o objetivo da organização é o lucro criminoso através da usurpação de sinal de TV e internet (“gatonet”), venda ilegal de botijões de gás, exploração do serviço de mototáxi e outros. Todos estes serviços são prestados de forma irregular e através de ameaças a populares e comerciantes e pagamentos de propinas a agentes públicos.

Segundo as investigações, parte do grupo também atua no tráfico de armas e de drogas, inclusive, apresentando vínculos com outros bandos milicianos atuantes na Zona Oeste da Rio.

Até o momento da edição, os agentes prenderam onze pessoas, entre elas dois PMs e o político

 

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