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Elis Regina, a lendária cantora brasileira que deixou saudades

A morte da cantora e artista brasileira Elis Regina completou 39 anos. Uma das principais vozes da música popular brasileira morreu aos 36 anos de idade, no dia 19 de janeiro de 1982 em São Paulo.

Vista por brasileiros e estrangeiros como a principal cantora do Brasil de todos os tempos, Elis Regina nasceu na capital Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 17 de março de 1945. A artista cantava desde criança nos programas de rádio da cidade, chamando a atenção por sua voz diferenciada. O seu primeiro disco da carreira foi logo aos 16 anos de vida, “Viva a Brotolândia”, feito no Rio de Janeiro.

Elis Regina ficou eternizada em canções como “Águas de Março”, “O Bêbado e o Equilibrista”, “Como Nossos Pais”, “Alô Alô Marciano”, “Romaria” e muitas outras. Além da qualidade vocal e talento como intérprete, a cantora é lembrada até hoje por sua excelente presença de palco.

Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria. Depois de quatro LP’s gravados e sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963), O Bem do Amor (1963) — Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou Arrastão de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe garantiria o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira, quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, O Fino da Bossa. Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, então diretor do Fino da Bossa. A partir de 1972, Elis começaria um relacionamento com César Camargo Mariano, que duraria até 1981, em uma das mais bem sucedidas parcerias da Música Popular Brasileira.

Cantou muitos gêneros: da MPB, passando pela bossa nova, pelo samba, pelo rock e pelo jazz. Interpretando canções como Madalena, Águas de Março, Atrás da Porta, Como Nossos Pais, O Bêbado e a Equilibrista, Querellas do Brasil, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo.

Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, ainda, pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro. Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim e Rita Lee.

Com seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, consagrou um longo trabalho de grande criatividade e consistência musical. Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980).

Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone. Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada. Em novembro do mesmo ano estreou um musical em sua homenagem Elis, o musical.

A causa de sua morte gerou muitas controvérsias e laudos médicos da época apontaram que uma mistura de álcool com cocaína teria matado a cantora. A notícia chocou o país e também deixou muitos fãs de luto. Ela deixou os filhos João Marcelo Bôscoli, Pedro Camargo Mariano e Maria Rita.

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