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“Saudadis, Cacildis”: Mussum completaria 82 anos

Mussum (1941-1994) foi um humorista, ator e sambista brasileiro. Integrou o quarteto Os Trapalhões e o grupo musical Originais do Samba.

Mussum, apelido de Antônio Carlos Bernardes Gomes, nasceu no morro de Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, Rio de Janeiro, no dia 7 de abril de 1941. Era filho de Malvina Bernardes Gomes, empregada doméstica, analfabeta, que aprendeu a ler com o filho.

Concluiu o curso primário em 1954. Em seguida, ingressou na Fundação Abrigo Cristo Redentor, onde frequentou o Instituto profissional Getúlio Vargas, formando-se em ajudante de mecânico em 1957.

Logo começou a trabalhar como ajudante de mecânico em uma oficina no Rocha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ingressou na Força Aérea Brasileira onde permaneceu durante oito anos, chegando a cabo. Nessa época, tocava reco-reco no grupo musical Os Modernos do Samba.

Em 1965 iniciou a carreira de humorista no programa Bairro Feliz, da TV Globo. Conta-se que nessa época, teria recebido do ator Grande Otelo o apelido de Mussum, uma referência a um peixe escorregadio e liso, pois Antônio Carlos sabia sair facilmente de situações embaraçosas.

Os Originais do Samba

Nos anos 70, Mussum ingressou no grupo “Os Originais do Samba” que fez sucesso com diversas músicas, entre elas: O Assassinato do Camarão (1970), A Dona do Primeiro Andar (1970), O Lado Direito da Rua Direita (1972), Esperança Perdida (1972), Saudosa Maloca (1973) e Falador Passa Mal (1973).

Os Trapalhões

Em 1973, Mussum começou a integrar o grupo humorista “Os Trapalhões”, na época, formado por Renato Aragão, o Didi Santana e por Manfried Santana, o Dedé Santana. No ano seguinte, com o ingresso de Mauro Gonçalves, o Zacarias o quarteto estava formado.

Mussum permaneceu no grupo por aproximadamente 20 anos. O programa se tornou um dos humorísticos de maior audiência da televisão brasileira. Mussum gravou mais de 30 filmes com o grupo.

Frases

Mussum se popularizou por criar palavras terminadas em is – imortalizando termos como “cacildes” e “forevis”. Para satirizar sua condição de negro, dizia “nego é o teu passadis” e “Eu quero morrer pretis se eu estiver mentindo”. Fazia piadas sobre bebidas alcoólicas com frases como “suco de cevadis deixa as pessoas mais interessantis”.

Morte

Mussum faleceu em São Paulo, São Paulo, no dia 29 de julho de 1994, vítima de complicações ocorridas após o transplante do coração.

 

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