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Cinco cidades do interior estão no topo do Ideb 2019

Cinco cidades do interior do Rio de Janeiro ocuparam as primeiras posições no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação. O ranking que destacou municípios do interior foi o de avaliação das séries finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) na rede pública.

O Ideb avalia a evolução da aprendizagem no país, com base no desempenho dos alunos em português e matemática. O objetivo é levar o Brasil a atingir a mesma média de conteúdo de alunos de países desenvolvidos (OCDE). Em uma escala de zero a 10, a meta é chegar a 6 na média geral, tanto em escolas públicas quanto particulares.

Mas há prazos diferentes para cada etapa. O Brasil deve chegar em 6 até 2021 para os anos iniciais do ensino fundamental (está em 5,9); até 2025 para os anos finais (chegou a 4,9); e até 2028 para o ensino médio (está em 4,2).

Os municípios que lideram o ranking do chamado ensino fundamental 2 da rede pública são Miracema, Natividade, Porciúncula e Itaperuna, no Noroeste do estado, além de Bom Jardim, na Região Serrana.

A avaliação dos primeiros anos de aprendizagem (até o 5º ano) na rede pública de ensino também foi positiva algumas cidades do interior, que também ocuparam as primeiras posições do ranking.

São elas: Miracema, no Noroeste, e Rio das Ostras, na Baixada Litorânea, na primeira e segunda posições, respectivamente. Além de São José de Ubá e Itaocara, ambas no Noroeste, em terceira e quarta posições, respectivamente.

No topo

Além de melhorar o desempenho no Ideb em 2019, o município de Miracema, com menos de 30 mil habitantes, ficou no topo do ranking tanto para as escolas de anos iniciais, quanto para de anos finais do ensino fundamental, com 6.9 e 6.1 pontos, respectivamente.

Miracema foi o único município do RJ a ter nota acima de seis nas duas etapas do ensino fundamental. Do 1° ao 5° ano, 20% das cidades tiveram notas iguais ou maiores que 6 pontos.

Para o secretário municipal de Educação, Charles Magalhães, esse destaque se deve a um plano estratégico de ensino que envolve planejamento, avaliação e acompanhamento dos alunos e dos professores.

“Esses três fatores formam o pilar de sucesso para alcançar esse resultado. Nós implantamos todo o bimestre uma avaliação externa realizada pela secretaria de Educação. Vamos até as escolas, aplicamos as avaliações e depois mostramos os resultados para cada série e turma”, conta o secretário.

Ainda segundo Charles Magalhães, as avaliações são atreladas a uma série de etapas para garantir o desenvolvimento completo dos estudantes.

“Precisávamos de uma cultura para mudar o índice de 2017, que já foi melhor que o de 2015. E em 2019, conseguimos dar suporte para todo o aluno que mostrava empenho insatisfatório, dando aulas no contra turno, e envolvendo professores, família e equipe de apoio da escola para que todos entendessem a importância do trabalho em equipe e o reflexo disso na vida do aluno”, explica Charles.

Piores colocações do interior

Enquanto algumas cidades do interior se destacaram pela boa colocação no Ideb 2019, outras ficaram entre as que apresentaram as piores avaliações do estado.

Entre as piores avaliações de anos iniciais da rede pública estão as cidades de Cardoso Moreira, com 4.5 pontos; Porciúncula e Duas Barras, ambas com 4.8 pontos; além de Sumidouro e São Fidélis, ambas com 4.9 pontos. Todas essas cidades tiveram queda na pontuação em relação ao Ideb de 2017.

Já nos anos finais do ensino fundamental da rede pública, as cidades que apresentaram os piores resultados foram: Cabo Frio, com 3.6 pontos; Laje do Muriaé, com 3.7; Silva Jardim, com 3.8; Conceição de Macabu, com 3.9; e Cantagalo, com 4.0.

Apesar de estar entre as últimas colocações, a cidade de Laje do Muriaé apresentou pequena melhora em relação ao Ideb de 2017, saindo de 3.6 para 3.7. As demais cidades tiveram queda na pontuação.

Sem pontuação

Algumas cidades do interior do estado não tiveram pontuação. São elas: Cachoeiras de Macacu, Sumidouro (em anos finais), Trajano de Moraes (em anos finais); Areal (em anos finais); e Campos dos Goytacazes.

De acordo com o MEC, a cidade de Cachoeiras de Macacu, Sumidouro e Trajano de Moraes não tiveram avaliação de anos finais da rede pública porque não participaram ou não atenderam os requisitos necessários para ter o desempenho calculado.

Já Areal e Campos dos Goytacazes, não tiveram avaliação de anos iniciais finais da rede pública, segundo o MEC, por não terem número de participantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) suficiente para que os resultados fossem divulgados.

Cachoeiras de Macacu e Campos dos Goytacazes também não tiveram avaliação dos anos inciais da rede pública. De acordo com o MEC, o motivo também foi por não terem participantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) suficiente para que os resultados fossem divulgados.

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