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PF investiga esquema envolvendo desvios em mais de R$ 120 milhões em contratos de município que tem apenas 350 milhões de orçamento para o ano de 2024

Viagens, festa de casamento e até casa de luxo teriam sido pagos com dinheiro de corrupção

A Polícia Federal, em ação conjunta com a CGU, deflagrou na manhã de quarta-feira (18) a segunda fase da Operação Ypervoli, com o objetivo de investigar empresas e servidores públicos suspeitos de corrupção e desvio de recursos da prefeitura de Cidade Ocidental/GO.

São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A primeira fase da operação, deflagrada em setembro deste ano, identificou elementos que envolveriam empresas de diversos ramos no pagamento de propinas a servidores públicos do município, principalmente em obras na saúde e na educação. Com a análise do material apreendido, foi identificado que o mesmo esquema de corrupção seria operado no setor de transporte escolar e aluguel de veículos.

Alguns dos contratos suspeitos foram assinados ainda em 2017 e seguiram sendo prorrogados até este ano, como no caso de uma empresa de transporte escolar. Ela teria recebido aproximadamente R$ 117 milhões, mas possui como sede um imóvel que demonstra se tratar de uma empresa de fachada. A CGU identificou que quase R$ 63 milhões, mais da metade do valor pago, teria sido superfaturado.

Um dos servidores municipais, que esbanjava um alto padrão de vida em suas redes sociais, teria tido desde sua casa, adquirida por R$ 1.650.000,00, até sua festa de casamento pagos diretamente por empresas envolvidas no esquema.

O mesmo suspeito, que teria um salário de cerca de R$ 10 mil, teria realizado viagens para Dubai, Madri, Nova Iorque e Fernando de Noronha em menos de um ano.

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