Turismo

Sengés, o paraíso das cachoeiras no Vale do Jaguaricatú

No estado do Paraná, situado na divisa do estado com São Paulo, o município de Sengés se destaca entre outras cidades da região pela quantidade de belezas naturais e se tornou referência neste quesito. Frequentemente a cidade recebe a visita de empresas de turismo trazendo amantes de Off Road para percorrer suas trilhas.

O Vale do Jaguaricatú oferece aos visitantes paisagens únicas, além do canyon, grutas com inscrições rupestres, falésias e uma rica vegetação. Várias cachoeiras e o Rio Jaguaricatú abastecem ainda uma bela represa. Seus biomas são formados por Cerrado e Mata Atlântica e seu principal rio é o Jaguaricatú.

Entre as cachoeiras do Vale do Jaguaricatú estão a bela Cachoeira do Sobradinho também conhecida como Véu da Noiva, Cachoeira do Postinho, Cachoeira do Navio, Cachoeira Santa Bárbara, Cachoeira dos Veadinhos, Cachoeira Erva Doce, entre muitas outras de tirar o fôlego, onde os paredões rochosos se misturam com a vegetação nativa e muita água, num verdadeiro espetáculo da natureza.

Quem gosta de admirar a paisagem vai curtir muito o mirante do Corisco, onde se pode vislumbrar a cachoeira formada pelo Rio Capivari, quase na sua desembocadura sobre o Rio Itararé, a 15 quilômetros da cidade e a Caverna do Pinhalzinho com suas estalactites e estalagmites.

Muitas das belezas naturais se encontram em propriedades particulares e numa delas localiza-se também o Poço do Encanto; lagoa com água clara e azulada de leito revestido de musgos, um lençol freático à tona jorrando água conforme a frequência de som e movimento nas margens, resultando em borbulhas na areia fina e movediça do fundo do poço, onde é proibido mergulhar.

O Poço do Encanto se localiza numa bonita área de preservação ambiental e assim como o passeio pelo Vale do Corisco, somente é aberto à visitação mediante acompanhamento de guias e monitores ambientais que lhe serão indicados pela INFOTUR telefone (43) 3567-1036.

Ainda com poucos investimentos no Turismo, o que não deixa os passeios menos atraentes, todos eles podem ser roteirizados sem muitos custos.

Há quem prefira se hospedar nas cidades vizinhas devido a maiores opções de hospedagem, porém a maioria dos visitantes hospeda-se nos pequenos hotéis e chalés que a cidade tem para oferecer. A hospedagem na própria cidade é incentivada para melhor acolher os visitantes, que além do conforto, garante uma melhor interação com o local.

Os locais mais visitados são a Cachoeira do Sobradinho – também conhecida como Véu da Noiva, o Vale do Jaguaricatú, a Caverna do Pinhalzinho, as Igrejas Matriz de São Sebastião e Presbiteriana do Brasil; deslumbrantes contrastes entre a arquitetura contemporânea e a antiga.

O turismo religioso também á forte na cidade, sendo a Festa de São Sebastião no dia 20 de janeiro a mais comemorada. Diversas outras festas são realizadas com procissões dos fiéis em cavalgada, da cidade para os vilarejos rurais, onde se localizam as capelas.

A parte histórica fica por conta da Fazenda Santa Gil, antiga Fazenda Morungava palco de revoluções históricas e repouso dos primeiros tropeiros.

Seus 25 quilômetros de extensão incluem sítios arqueológicos, grutas cavernas e rios. A Fazenda Santa Gil também é de propriedade particular e está localizada à 6 km de Sengés.

Sengés conta ainda com diversos sítios arqueológicos. Para quem gosta de pinturas rupestres realizadas pelo povo indígena, não pode deixar de conhecer este interessante acervo. Algumas destas pinturas rupestres estão no Museu Paranaense.

A Cachoeira do Sobradinho merece uma atenção a mais, pois a queda é o ponto que mais atrai visitantes por conta da beleza impar.

A cortina de água, sutil em algumas épocas do ano e marcantes em outras e que se forma em frente à montanha, realmente lembra um véu de noiva formando uma imagem muito bela. Sem duvida é um convite para quem aprecia esportes radicais ou um simples banho de cachoeira.

Com um roteiro organizado é possível fazer trilhas e aproveitar os locais sem gastar muito.

História

Os primeiros moradores do território de Sengés foram: João Camilo Barbosa e Manoel Alexandre, que chegaram as margens do rio Jaguaricatu por volta de 1893, atraídos pelo solo da região e riquezas naturais existentes. Iniciaram, a plantação de milho e a criação de gado e suínos. Em 1908 deu-se a inauguração da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, mais tarde denominada Rede Ferroviaria Federal S/A, e que neste trecho passou a pertencer à Rede Viação Paraná – Santa Catarina, atualmente desativada neste município. Chegaram nesta época novos moradores e instalou-se uma serraria a fim de explorar a quantidade consideravel de pinheiros que cobria a região.

Outro fator de decisiva importância na formação da futura comunidade foi o trânsito intenso de tropas muares, que partiam do Rio Grande do Sul, faziam paradas às margens do rio, onde os tropeiros procuravam alimentos e acomodações para descansarem. Surgiram assim estabelecimentos comerciais, como o do sr. Joaquim Ferreira Lobo, que muito contribuiram para a fundação do povoado.

Um fato digno de ser relatado foi a participação da cidade na revolução de 1930. Por estar localizada na fronteira entre os estados do Paraná e São Paulo, e contar ainda com o privilégio de ser cortada pela unica boa via terrestre que ligava a região Sul a São Paulo, Sengés se tornou palco de sangrentas batalhas.

Atualmente Sengés é muito conhecida na região como Polo Madeireiro, e recebe uma grande migração de familias que vem a procura de emprego e se instalam no municipio.

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