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Operação combate fraudes na compra de terrenos

A Polícia Civil realizou, na quinta-feira (13), a Operação Terreno Alheio para desarticular uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos para venda fraudulenta de terrenos na Região dos Lagos e na Região Metropolitana do Rio. Até o fechamento desta edição, sete pessoas foram presas.

As investigações tiveram início em maio do ano passado, quando um homem compareceu a 66ª DP (Piabetá), informando que havia sido vítima de estelionatários e que na aquisição de um terreno em Cabo Frio havia sido lesado em R$ 200 mil.

Segundo as investigações, além de falsificar documentos, o grupo tinha como integrante uma escrevente de cartório de ofícios de notas. Essa escrevente, que já foi tabeliã substituta, se valia do cargo para emitir documentos falsos, localizar terrenos a serem alvos da quadrilha, além de dar total credibilidade a atuação dos criminosos, uma vez que à vítima era levada no interior do cartório, para que o negócio fosse concretizado.

“Essa organização criminosa era estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter altíssimas vantagens pecuniárias através de fraudes”, destacou o delegado Ângelo Lages.

O grupo que era chefiado por Pedro Gatto Júnior, que foi preso em casa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Os terrenos vendidos fraudulentamente eram de alto valor comercial em Cabo Frio, próximos ao mar.

Ao todo, são 8 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.

 

Os presos

Um dos presos é Pedro Gatto Júnior, apontado pela polícia como o chefe da quadrilha. A mãe dele, Benedita Frutuoso, também foi presa acusada de participar dos golpes.

De acordo com o Ministério Público, Benedita fornecia seus dados para formalização dos contratos de compra e venda fraudulentos, além de permitir que a quadrilha usasse a sua conta bancária para movimentação financeira.

Ainda de acordo com os promotores, Benedita ia pessoalmente aos cartórios para formalizar as transferências de propriedade.

Em Cabo Frio, a polícia prendeu Roberto Rosa Soares Júnior, Fernando Carlos Gaspar e Juarez Ferreira de Aquino Júnior. Todos irão responder por organização criminosa, falsificação de documentos e estelionato.

Em Botafogo, na Zona Sul do Rio, os policiais apreenderam o material de um cartório.

“Você tinha um integrante que era responsável pela falsificação dos documentos. Parte dessa quadrilha era responsável por anúncio de vendas desses terrenos. Eles usavam a rede social, rede de relacionamento, então eles captavam futuros clientes que seriam vítimas em toda a região metropolitana”, completou o delegado.

Além dos terrenos em Cabo Frio, os policiais descobriram que alguns terrenos na Zona Oeste do Rio estavam sendo vendidos com escrituras falsas.

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