Polícia

MPRJ adita denúncia contra madrasta acusada de envenenar enteados

Durante audiência do caso Cíntia Mariano Dias Cabral, na quarta-feira (19), denunciada pelo homicídio da estudante Fernanda Carvalho Cabral e a tentativa de homicídio do irmão dela, o também estudante Bruno Carvalho Cabral, a 1ª Promotoria de Justiça Junto ao III Tribunal do Júri da Capital aditou a denúncia e acrescentou a qualificadora motivo fútil para os crimes. A juíza recebeu o aditamento e a ré tomou ciência em audiência.
De acordo com a Promotoria, a denunciada desejava a atenção exclusiva de Adeilson Jarbas Cabral, sendo certo que a existência de filhos provenientes de outro relacionamento, dentre eles, Fernanda e Bruno, atrapalharia tal objetivo. Segundo a denúncia, em 15 de março de 2022 Cíntia envenenou a comida que foi servida à vítima Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos. A vítima ficou 13 dias internada antes de morrer. Em maio do mesmo ano, Cíntia envenenou a comida que serviu a Bruno, de 16 anos, que sobreviveu ao crime.
O MP fluminense sustenta que há nos autos prova cabal da materialidade das infrações penais praticadas contra as vítimas Fernanda e Bruno. “Após os fatos, ambas apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados de forma simultânea”. Destaca também que os laudos técnicos revelaram que o óbito da primeira e as lesões sofridas pelo segundo foram causados por ação química provocada por envenenamento por carbamatos (conforme narrado na peça acusatória). A denúncia demonstra ainda que existem elementos comprobatórios da autoria delitiva.
A continuação da audiência foi marcada para 15 de maio, para ouvir as duas últimas testemunhas arroladas pela defesa e interrogar a acusada. Cíntia continua presa.

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