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Mané Garrincha, o anjo das pernas tortas

Um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro, Mané Garrincha completaria 88 anos nesta quinta-feira (28). O anjo das pernas tortas, registrado como Manuel Francisco dos Santos, teve o apelido Garrincha dado por um dos seus irmãos, inspirado em um pássaro veloz, feio e desajeitado. Lendário atacante do Botafogo e da Seleção nas décadas de 1950 e 1960, quando foi bicampeão mundial. Garrincha morreu em 1983 aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo.

No auge de sua carreira, passou a assinar Manoel dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o maior driblador da história do futebol.

Apesar de ter sido acometido por vários defeitos congênitos (ele tinha Estrabismo, um desequilíbrio da pelve, seis centímetros de diferença de comprimento entre as pernas; o joelho direito tinha valgismo e o esquerdo varismo), Garrincha, “O Anjo de Pernas Tortas”,  foi um dos principais jogadores das conquistas da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Dos 14 gols do Brasil na competição, seis (42%) passaram por seus pés (marcou quatro e deu duas assistências para gols). Neste torneio, ele se tornou o primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro (Melhor Jogador do torneio), a Chuteira de Ouro (Artilheiro da competição) e o troféu da Copa do Mundo numa mesma edição. Por conta disso, a Copa de 1962 é conhecida no Brasil como “A Copa do Garrincha”.

Incluído na Seleção de Futebol do Século XX por 250 dos escritores e jornalistas de futebol mais respeitados do mundo, ele foi selecionado, em 1994 para a Seleção de Todos os Tempos da Copa do Mundo FIFA e ficou em sétimo lugar numa votação entre especialistas da FIFA sobre o melhor jogador do Século XX.

 

BIOGRAFIA

futebolista brasileiro que marcou seu nome na história do futebol com seus dribles rápidos e desconcertantes. Foi bicampeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo da Suécia em 1958 e na Copa do Mundo no Chile em 1962.

Manuel Francisco dos Santos (1933-1983) nasceu em Pau Grande, distrito de Magé, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro de 1933. De origem humilde, foi criado em uma família de quinze irmãos. Desde a infância, destacou-se nas peladas de futebol.

 

Em 1953 começou a jogar no Botafogo de Futebol e Regatas, clube que defendeu até 1965, conquistando vários títulos. Com suas pernas tortas e dribles rápidos, Garrincha se tornou um verdadeiro terror para os zagueiros adversários que o marcavam.

Em 1955, foi convocado para jogar na seleção brasileira. Jogou em três Copas do Mundo, 1958, 1962 e 1966. Conquistou a Copa do Mundo da Suécia, em 1958, quando foi eleito o melhor ponta-direita do mundo. Conquistou o bicampeonato no Chile, em 1962. Com a seleção brasileira foram 60 jogos com 52 vitórias, 7 empates, 1 derrota e 16 gols marcados.

Depois do Botafogo, já apresentando problemas no joelho, jogou no Corinthians (1966), Portuguesa (1967), Atlético Júnior da Colômbia (1968), Flamengo (1968), Olaria (1972) e no time dos Milionários, entre 1974 e 1982.

Garrincha teve 13 filhos de quatro relacionamentos. Viveu durante 15 anos com a Cantora Elza Soares. Recebeu diversas homenagens como o poema de Vinícius de Morais, “O Anjo de Pernas Tortas”, os versos de Drummond de Andrade, o documentário de Joaquim Pedro de Andrade “Garrincha, Alegria do Povo” e a biografia “Estrela Solitária” de Ruy Castro.

Garrincha faleceu no Rio de Janeiro, vítima de cirrose hepática, no dia 20 de janeiro de 1983.

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