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Lula: Estado deve oferecer oportunidades aos jovens e às pessoas com deficiência

Motivar, gerar oportunidades e criar perspectivas de futuro. Essa é a aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o Estado seja capaz de um diálogo mais direto com adolescentes e jovens brasileiros. Durante o programa Conversa com o Presidente, ao lado de Marcos Uchôa, Lula defendeu que não se pode perder esse período em que os jovens têm “100% de energia para gastar”.

“Sempre que posso conversar com a juventude eu conto a minha experiência de vida, porque eu já tive 14 anos, já tive 18, mas eles nunca tiveram 70”, afirmou. “É preciso dar para o adolescente a visão de oportunidade, de que é possível. O Estado precisa se preocupar. Se ele não se ocupa com coisa boa, pode ir para o lado errado”, completou.

Segundo Lula, por isso é tão importante uma rede de proteção que envolva, de um lado, educação e cultura, e do outro, perspectivas, a partir de uma economia diferenciada e inovadora, que envolva desde o Terceiro Setor até o micro e pequeno empreendedorismo. “Precisamos colocar nossa criatividade, usar a universidade para que a gente crie uma ‘bandeja de oportunidades’ para essa juventude não perder a esperança”, afirmou Lula.

Assim como a presença do Estado, o estudo e a dedicação, segundo o presidente, são essenciais para consolidar uma trilha com mais possibilidades de crescimento. “É preciso tentar estudar no momento certo. Procurar ser sempre o melhor da classe. Você que está me ouvindo, faça algo para se transformar em alguém que produz alguma coisa, que cria alguma coisa. Você pode, é só você querer”.

GARANTIA DE DIREITOS – Lula também abordou a necessidade de o governo ser capaz de garantir os direitos de pessoas com deficiência. Lembrou de exigências e adaptações que passaram a ser necessárias com o crescimento do conhecimento sobre os diferentes tipos de viver em sociedade, para que a gestão pública seja capaz de ser inclusiva para todos.

Um dos episódios citados pelo presidente foi a decisão de optar por não haver disparos de canhão no dia da posse presidencial, em 1 de janeiro, para que pessoas com autismo pudessem participar sem o desconforto que o barulho excessivo muitas vezes gera para esse público.

“São várias as coisas que precisamos tratar com mais respeito e com mais carinho na questão das pessoas com deficiência. É um mundo novo para nós. Uma exigência nova da sociedade, que está cobrando. As pessoas não querem ser tratadas como coitadinhas. Querem ser respeitadas no seu direito. Querem ter oportunidade de trabalhar de acordo e do jeito que ela pode trabalhar. É isso o que o Estado precisa garantir. O Estado não tem que inventar. Precisa garantir que as pessoas exerçam livremente, da forma que sabem, as suas funções”, concluiu.

 

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