Política

Juíza pede relatório de tornozeleira para monitorar passos de Flordelis

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) precisa enviar um relatório à Justiça do Rio de Janeiro, no prazo de até cinco dias, sobre o monitoramento da tornozeleira eletrônica que a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza usa há quatro meses. A determinação é da juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

“Seja oficiada à Seap requisitando que em 5 dias remeta relatórios de monitoração da tornozeleira eletrônica utilizada pela ré Flordelis desde 08.10.2020 (…) esclarecendo se foi apresentada justificativa administrativa para eventuais notícias de violações, desligamentos e esgotamento de bateria, bem como informando a duração da respectiva bateria”, afirmou a juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis Arce, em um dos trechos da decisão.

Foi decidido ainda, que três dos 10 presos acusados em um dos processos sobre o assassinato do pastor Anderson Gomes devem continuar na cadeia. Marido de Flordelis, denunciado como mandante do crime, o religioso foi executado com mais de 30 tiros em junho de 2019.

Nearis rejeitou os pedidos de liberdade de Adriano dos Santos Rodrigues e Andrea Santos Maia. A magistrada também negou o pedido de prisão domiciliar de Simone dos Santos Rodrigues. Em outra ação, dois filhos de Flordelis são acusados de ter executado Anderson.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Adriano, um dos filhos biológicos da deputada, foi o responsável por repassar para Flordelis uma carta que foi fraudada, alterando a versão do crime de Lucas Cézar dos Santos, um de seus irmãos. Adriano é acusado de ter buscado a correspondência com Andrea Santos Maia, esposa do ex-policial militar Marcos Siqueira, que estava preso com Lucas. A confecção do texto, segundo a investigação, foi ordenada por Flordelis, e Adriano tinha conhecimento do plano.

“Acresça-se também as notícias constantes dos autos acerca de suposta ameaça do réu Adriano à testemunha Regiane, que sofrera recentemente um atentado à bomba em sua residência, embora, felizmente, sem maiores consequências; evidenciando ainda mais que as pretendidas medidas cautelares não seriam suficientes para a manutenção da ordem pública”, esclareceu a juíza ao negar o pedido de liberdade.

Ao não autorizar o pedido de prisão domiciliar de Simone, filha biológica da deputada, que alegava precisar tratar grave doença e cuidar do filho de 5 anos, a juíza registra que Simone, contudo, estaria recusando o tratamento na prisão.

A Justiça aceitou pedido de Flordelis para atestar a autenticidade de publicações no Facebook que constam no processo, além de outra solicitação, para registrar que informações que constam em um pen-drive não foram alteradas por montagens.

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