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Imposto nos EUA mostra quando o bolso fala mais alto que a ideologia

Amigo leitor, imagine aí comigo: você acorda, abre o jornal, dá aquela olhada na conta do banco, e pensa: “Pô, esse imposto que eu pago… é justo?” Pois é, os americanos, que adoram ensinar o resto do mundo sobre liberdade, democracia e sistema tributário, estão cada vez mais achando que o Leão deles anda mordendo pesado demais.

Segundo a pesquisa da Gallup — sim, aquela mesma que aparece em tudo quanto é eleição — 50% dos americanos hoje dizem que o imposto de renda é injusto. E olha que, lá atrás, na Segunda Guerra, entre 85% e 90% achavam tudo uma maravilha. Só faltava agradecer com um bombom no fim da declaração.

Mas o tempo passou, a guerra acabou, o capitalismo ficou mais selvagem, e o que era sacrifício pelo país virou dor no bolso. E agora, vejam só, a percepção de justiça caiu para 46%. Uma queda que acompanha os preços altos, a inflação e, claro, aquele velho mantra americano de que “o governo atrapalha mais do que ajuda”. O sujeito olha o preço da gasolina, da alface e do iPhone novo, e culpa quem? O imposto.

Agora, cá entre nós, tem uma parte curiosa aí: não importa se você é rico, pobre ou da turma do meio. Todo mundo acha que está sendo lesado. É uma revolta democrática — até nisso os americanos conseguem se unir. Mas, veja só, a Gallup mostra que quem realmente sente o peso são os pobres. 58% acham que pagam imposto demais. E aí, como sempre, entra a mágica do sistema: os ricos continuam rindo, e as empresas, então, nem se fala — 70% dos americanos acham que elas pagam pouco. Mas, claro, elas sempre aparecem no noticiário como as vítimas da burocracia.

E aí entra o fator ideológico, que nos Estados Unidos vale mais que café forte: republicanos acham que os ricos já pagam até demais, democratas acham que eles deveriam financiar o universo e independentes… bem, esses estão só tentando entender onde foram parar os trocados da aposentadoria.

No fim das contas, a discussão vira aquela velha novela: quem deve pagar mais? Os que têm mais, ou os que têm menos mas são mais? O Trump promete cortar impostos, mas aí vai meter tarifa em tudo que vem da China, e o preço vai subir — e adivinha quem paga essa conta?

A verdade, meus amigos, é que imposto justo é o que a gente paga sem sentir. Só que no mundo real, onde o feijão subiu e o salário ficou, a conta não fecha. E se nos Estados Unidos, onde o dólar canta mais alto que a razão, o povo já está de saco cheio, imagine por aqui… E assim vamos, entre taxas, promessas e discursos, esperando que um dia o justo não seja só uma percepção — mas uma realidade.

Gregório José
Jornalista/Radialista/Filósofo
Pós Graduado em Gestão Escolar
Pós Graduado em Ciências Políticas
Pós Graduado em Mediação e Conciliação
MBA em Gestão Pública
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