Turismo

Guimarães, cidade berço de Portugal

Berço de Portugal e cidade natal de Dom Afonso Henriques, primeiro rei do país, Guimarães proporciona inúmeras experiências culturais, artísticas, gastronômicas, históricas e naturais aos visitantes. Destino imperdível, Guimarães permite aos turistas explorar o passado do país e maravilhar-se com as origens da sua arquitetura. Distinguida pelo seu património único e exemplarmente recuperado, o Centro Histórico foi reconhecido pela UNESCO, em 2001, como Património da Humanidade.

A valorização da cultura e dos eventos desportivos fomentou a criação de uma rede de equipamentos culturais e desportivos, que colocaram Guimarães em lugar de destaque na área das artes e dos espetáculos, ao nível nacional e internacional, culminando em 2012, como Capital Europeia da Cultura em 2012 e em 2013, como Cidade Europeia do Desporto e as boas práticas ambientais levaram a cidade a integrar, em 2018, a lista de candidatos ao galardão de Capital Verde Europeia 2020.

Todos estes atributos e contributos fazem de Guimarães uma cidade atrativa para se viver e, por conseguinte, atrativa para se visitar.

A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros. Por momentos imaginamo-nos num cenário medieval, onde a nobreza foi construindo as suas moradias como a casa Mota Prego, o Palácio de Vila Flor, do Toural e tantos outros que dão a Guimarães uma atmosfera única.

História

Guimarães é muitas vezes designada como “Cidade Berço”, devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da Reconquista e de proteção de territórios a sul levou esse mesmo centro para Coimbra em 1129.

Após a acção política de reconquista organizada pelo Reino das Astúrias, com a intervenção do fidalgo Vímara Peres ainda no remoto século IX, a fundação medieval da actual cidade tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Gonçalves, mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.

Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.

A outorgação, pelo conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado por alguns historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096, atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida ainda como capital do então Condado Portucalense.

Aqui se daria, a 24 de Junho de 1128, a Batalha de São Mamede.

Castelo de Guimarães

A princípio, a Condessa Mumadona Dias, no século X, mandou construir um mosteiro. No entanto, os constantes ataques por parte dos mouros e normandos fizeram com que houvesse a necessidade de construir uma fortaleza para guardar e defender os monges e a comunidade cristã. Foi assim que surgiu o Castelo de Guimarães. No século XII, o Conde D. Henrique e a condessa D. Teresa foram morar em Guimarães e ampliaram e fortaleceram ainda mais o Castelo.

Paço dos Duques de Bragança

O Paço dos Duques foi construído no século XV por D. Afonso, o primeiro duque de Bragança como presente para a sua amada. O palácio possui estilo borgonhês, devido ao gosto adquirido em suas viagens pela Europa. Em 1933, Salazar, ditador de Portugal, transformo o palácio em residência oficial do presidente.

Igreja São Miguel do Castelo

A Igreja São Miguel do Castelo é também chamada de Capela e segundo a lenda, foi o local de batizo do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. O templo foi mandado construir pela Colegiada de Nossa Senhora de Oliveira, e sagrada por Silvestre Godinho m 1239. Ela é classificada como Monumento Nacional desde 1910.

Estádio D. Afonso Henriques

O estádio de futebol D. Afonso Henriques é a casa do time de futebol português, Guimarães. Ele foi remodelado para o Campeonato Europeu de 2004 e agora tem capacidade para 30.000 lugares.

Teleférico de Guimarães

O Teleférico de Guimarães foi o primeiro teleférico a entrar em funcionamento em Portugal, em 1995. Ele recebe turistas de todos os países durante o ano inteiro. Ele faz o trajeto de Guimarães até à Montanha da Penha, numa distância de 1.700 metros e altura de 400 metros.

Igreja Nossa Senhora da Oliveira

A Igreja Nossa Senhora da Oliveira é também chamada de Colegiada de Guimarães. É um dos exemplares da arquitetura gótica no norte de Portugal. Antigamente era um mosteiro pré-românico, fundado por Mumadona Dias em 949. Depois, para proteger este mosteiro, foi erguida uma fortificação, o atual Castelo de Guimarães. Durante o século XIV a Colegiada se tornou um importante centro de peregrinação. Tornou-se Monumento Nacional em 1910.

Igreja Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos

A Igreja Nossa Senhora da Consolação antigamente era uma pequena ermida, que era dedicada à Nossa Senhora da Consolação, mandada ser construída em 1576. Em 1785 a nova igreja é concluída, a exemplar da arte barroca de Guimarães. Mais tarde, foi construída a Capela do Senhor dos Passos, anexa à igreja e a Casa do Despacho. O culto a Nossa Senhora da Consolação determina a ereção canônica da Irmandade, por Frei Agostinho, em 1594. Em 1993, foi declarada imóvel de interesse público.

Museus

Dois museus importantes em Portugal estão em Guimarães. O Museu Arqueológico Martins Sarmento é a principal referência da cultura castreja do país, povos que habitaram a região a partir do final da Idade do Bronze e início a Idade de Ferro.

Apreciadores de arte sacra não podem perder o Museu de Alberto Sampaio, um dos melhores de Portugal, no local onde a condessa Mumadona instalou um mosteiro no século X, e deu origem à cidade. O destaque da coleção é o raro exemplar medieval europeu de um tríptico da natividade, em prata e dourado, além do edifício em si.

Museu de Cultura Castreja e ruínas arqueológicas Citânia de Briteiros no alto da cidade para ver os traços e esquemas urbanísticos desses povoados antigos que viveram aqui até o século III e só foram descobertas em 1875 pelo arqueólogo Martins Sarmento.

O Santuário da Penha coroa o cume do monte que leva seu nome e protege os vimaranenses, avistado de qualquer ponto da cidade. Escolha entre subir até o alto pela estrada asfaltada sinuosa ou vá até o Parque das Hortas e embarque no teleférico para apreciar a paisagem. Lá em cima, áreas arborizadas, cafés e restaurantes e até mini-golfe são opções além do santuário.

Gastronomia

O facto de Guimarães ter como gérmen as terras de um convento feminino influenciou muito a gastronomia marcante da região, especialmente a nível da doçaria, como nas tortas de Guimarães e, principalmente, no toucinho do céu. Para além do que é habitual no Minho, como o vinho verde, as papas de sarrabulho, os rojões, etc., confecciona-se também a chamada “bôla de carne” constituída por um tipo de pão (com o formato de uma pizza) servido com carne de porco, sardinhas ou outros acompanhamentos.

Transporte

O centro histórico de Guimarães é facilmente percorrido a pé, repleto de bares, cafés, restaurantes e lojas instalados em sobrados graciosos com fachadas preservadas.

O ônibus ‘hop on, hop off’ circula as principais pontos turísticos de Guimarães, é panorâmico, tem gravação em português com informações sobre as atrações e você pode descer e subir quantas vezes quiser em um período de 24h. Além disso, oferece um livreto com descontos em ingressos para monumentos, museus e outras atividades.

Se você vai explorar o país, os trens portugueses são confortáveis e pontuais quando ligam as grandes cidades. Para chegar a Guimarães, Viana do Castelo e outras cidades menores, é recomendável alugar um carro para ter mais conforto e flexibilidade de horário, uma vez que as opções de trem são mais escassas.

Internet

A prefeitura de Guimarães oferece aos turistas a rede wi-fi GUIMARAES-WIFI disponível nos principais espaços públicos de interesse.  Geralmente os cafés e restaurantes oferecem wi-fi aos clientes.

 

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