O Jornal Tribuna dos Municípios entrevistou Marcelo Teles, corretor de imóveis e morador de Rio das Ostras, desde 1998. Marcelo afirma que, até mesmo em razão de sua profissão e de ter um Portal de Notícias e imóveis, acompanha bem de perto todas as realizações de todos os governos e as sucessivas campanhas políticas da cidade. Desta forma, diz avaliar com propriedade o que bom e de ruim foi incorporado à história da cidade, em mais de 22 anos que reside no município.
Especificamente sobre a atual gestão, de Marcelino, Marcelo afirma que “a expectativa de um bom governo e de mudanças acompanhou o momento político que exigia novos nomes, em 2018. E se deu na mesma proporção que elegeu Wilson Witzel no Estado do Rio de Janeiro e Marcelino em Rio das Ostras. Ambos obtiveram grande votação, na esperança de uma nova política. Mas, o que se viu a seguir foram práticas de erros contínuos, promessas não cumpridas, denúncias de contratações irregulares etc. Portanto, nada que justifique serem reeleitos”.
Marcelo Teles destaca que: “Antes de ser eleito prefeito, Marcelino não tinha experiência em gestão pública municipal e a sua atuação como vereador foi muito pequena. Não acho, portanto, que a sua votação se deu por qualidades políticas, foi de mera esperança mesmo, mas que esse momento passou! Converso com centenas de pessoas por mês e, nestes dois anos como prefeito, a rejeição dele já é muito grande e cresce a cada dia, devido à sua incapacidade de administrar uma cidade como Rio das Ostras”. Marcelo Teles diz que: “na mesma proporção que Marcelino era inexperiente e mereceu a confiança, chegou a vez de outro prefeito ser testado”.
Questionado sobre as qualidades e defeitos do governo atual, Marcelo Teles destaca que” como qualidades, Marcelino fez o que todos os governos anteriores fizeram, como pintura de bens públicos, urbanização de algumas ruas na cidade, continuar bons projetos com novos nomes, reforma de praças, algumas obras de melhorias, iluminou estradas e pouca coisa mais. Trocamos seis por meia dúzia”.
Marcelo cita que governos anteriores fizeram até muito mais, em relação a edificação de bens públicos, com dezenas de prédios que incorporaram ao patrimônio da cidade. Então de bom, Marcelino não fez melhor do que os demais, sempre que alguém citar uma coisa que considera boa em Marcelino, não justificará o fraco desempenho que teve, com muito mais de 1 bilhão de reais disponíveis ao longo de sua gestão!”
Marcelo Teles: 10 PONTOS NEGATIVOS DE MARCELINO
PRIMEIRO – Marcelino prometeu inaugurar a UPA em seu primeiro ano de governo, quando sequer se falava em Corona Vírus. Além de não cumprir a palavra, apenas trocou o PS de lugar e levou este serviço para o prédio da UPA no Âncora.
SEGUNDO – Está gastando milhões de reais em postes onde não há aumento de receitas de iluminação pública, pois em estrada não se edificam muitas residências e comércios. Deixa o povo desprotegido. Diferente disso, deveria iluminar dezenas e dezenas de ruas em vários bairros, que não tem iluminação adequada. Assim, até mesmo novas casas e comércios seriam edificados e a construção civil seria impulsionada. Todos, juntos com os atuais imóveis, passariam a ter mais segurança e contribuiriam com taxas de iluminação pública.
TERCEIRO – Em seu discurso de posse, Marcelino disse “visitei pontos de atendimento na saúde e vi que o número de servidores era insuficiente para atender aos enfermos, ao cúmulo de presenciar pessoas esperando mais de duas horas, para no fim serem receitadas a tomar um simples comprimido. Vou criar uma triagem de excelência, para um primeiro atendimento rápido e eficaz a quem precisa….”. Mas na verdade, até hoje, ainda se espera no saguão da UPA, por mais de uma hora para ser olhado pelo primeiro médico, paciente com dor, que sai da UPA as mesmas duas horas depois, com uma receita de comprimido.
QUARTO – Desestruturou o Sistema de Segurança por Câmeras da cidade ao retirar de funcionamento diversas câmeras. Era sua promessa melhor equipar, mas fez o contrário. Além de inibir a violência, o Sistema de câmeras já ajudou a elucidar diversos crimes e delitos. As câmeras dos comércios e de residências tem qualidade menor e não tem a mesma clareza de imagens. Sobre crimes, até mesmo o assassinato de um PM da cidade foi desvendado com ajuda de câmeras.
QUINTO – Os alunos da cidade ficaram desamparados! O Governo de Rio das Ostras não teve habilidade e agilidade para atender às necessidades básicas de vida de alunos e pais. Toda família baseia o seu orçamento familiar de acordo com receitas, despesas e benefícios. Isso vale para todos, em todo o mundo e em todas as classes sociais. Então, quem tem filho(s) em escola pública, onde tem alimentação inclusa, já conta com este recurso para sustento de seus filhos. As demais receitas da família já têm outros destinos e quase sempre nem dão conta. Agora, imaginem com a suspensão das aulas e da alimentação na escola? De onde os pais vão tirar dinheiro para complementar a alimentação que a escola não mais provê?
Pior ainda, muitos pais perderam suas rendas em parte ou no todo. E a necessidade humana de alimentação não cessa. Os municípios vizinhos foram bem mais ágeis e eficientes em dispor de programas que atendessem às famílias.
SEXTO – Como vereador criticou prefeitos anteriores por usarem “Salas de Lata”, apelido popular dado aos containers, que serviam como salas de aula para alunos. Só que Marcelino como prefeito, aditivou o contrato em mais R$ 3.014,771,88 (mais de 3 milhões de reais). Está impresso na página 40, do Jornal Oficial Edição Nº 1232 – 02 de Outubro de 2020. Se o dinheiro existe para ser empenhado, poderia ter sido utilizado par construir mais escolas, que daria mais conforto e segurança aos alunos. Além de economiza milhões com novos alugueis.
SÉTIMO – Prometeu “estender o horário nos postos de saúde, para atendimento noturno e aos sábados, inclusive com dentistas.” Não faz! Além de não cumprir com a promessa, hoje, em diversos postos faltam insumos, materiais e especialidades básicas de atendimento. Como trabalhador da área da saúde, que atende em particular e conhece as necessidades do cidadão, pecou em prometer e não atender o povo.
OITAVO – Marcelino prometeu serviço de “Prefeitura móvel”, com representantes de todas as secretarias, para estar a cada mês em um bairro diferente. Além de não cumprir. A própria sede da prefeitura tem nessa época cadeado nos portões, que restringem acesso aos cidadãos para buscar seus serviços. É o governo Marcelino cada vez mais distante do povo.
NONO – Quanto a bons servidores e que exercem bem o seu papel, Marcelino prometeu que não haveria perseguições ou demissões a quem trabalhasse em campanhas de outros candidatos, sem dar transparência aos reais motivos. Mas na verdade diversas pessoas foram demitidas recentemente e não houve nada dito que desabonasse o exercício de cada um. Mesmo servidores exemplares e experientes em suas atividades, há anos servindo à população do município.
DÉCIMO – Marcelino prometeu emprego para a juventude, inclusive em estacionamentos rotativos a serem criados. Não fez nem os estacionamentos, nem nada de substancial que alavanque o emprego para os jovens, que sofrem o desemprego não só durante a pandemia. Já é algo quase que histórico no Brasil, do jovem não ser prioridade de governos, para terem mais dignidade e afastarem-se de situações e de ambientes nocivos à sociedade.
E ainda:
ESTELIONATO ELEITORAL
Quanto ao que considera ruim em Marcelino, Marcelo Teles destaca, além dos 10 pontos acima, pensamento sobre honestidade. Marcelino não foi eleito para 4 anos, todos sabiam que seria de 2 anos. Para Marcelo: “honestidade está além de roubar, desviar, superfaturar etc. Para ser honesto é preciso cumprir com as suas obrigações e promessas para o que foi acordado. Mesmo se não roubar superfaturar ou desviar, não podemos afirmar ser honesto quem não cumpre politicamente com suas promessas e obrigações. Há a honestidade do dinheiro e a honestidade política”.
Marcelo diz que, quanto a honestidade do dinheiro, ainda espera o resultado de várias denúncias que estão em andamento, mas sobre honestidade política de Marcelino cita o que alguns consideram Estelionato Eleitoral, com base no que está sendo discutido na Câmara dos Deputados em Brasília. Bem como é debatido nos Estados, cidades e divulgado em veículos de comunicação. Existe até Projeto de Lei que sugere punições para os candidatos que façam promessas falsas ou impossíveis de realizar. O projeto tipifica o comportamento de Estelionato Eleitoral como crime – equivalente ao estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal – e estabelece pena de um a cinco anos de reclusão, além de multa.
LEVOU FRANGO E PERDEU DE GOLEADA!
Para finalizar, perguntado sobre quais então seriam os seus candidatos a prefeito e a vereador, Marcelo Teles diz que vai aguardar até o momento das urnas para definir seus votos, mas que tem três pretensos nomes a prefeito que merecem serem testados, tal como Marcelino foi testado, outros merecem. Para vereador tem seis pretensos nomes, três novos e três a reeleição, que considera mais adequados para ocupar algumas das 13 cadeiras na Câmara.
Sobre o atual prefeito, Marcelo Teles conta que: “quanto ao candidato a vice de Marcelino, Dr. Luiz Carlos, espero que ele retorne ao trabalho de dentista no bairro Recanto, onde já me atendeu e muito bem. Marcelino é meu amigo e de longa data, espero que ele retorne ao balcão da farmácia, onde faz um trabalho maravilhoso, humano e digno de aplausos.” E finaliza: “tem artilheiro que, se jogar no gol, só leva frango e faz o time perder de goleada. Aquele que é bom em sua posição, não deve trocar por outra onde não faça muita diferença”.