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Rio das Ostras Jazz & Blues Festival trouxe emoção e música boa

Na última segunda-feira (15), feriado da Proclamação da República, Rio das Ostras se despediu da 17ª edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. As apresentações do Segundo Set Instrumental, Sofia Farah, Alamo Leal & Blues Groovers e Moving Waters & Lancaster animaram o público na última noite do evento.

Ao todo foram cerca de 50 horas de Jazz e Blues, em 30 shows, em palcos espalhados pela orla e pontos turísticos da cidade. As áreas de shows contaram com medidas de segurança sanitária, com assentos marcados e distanciamento. O público realizou credenciamento antecipado e apresentou comprovante de vacina com as duas doses contra a covid.

A programação mesclou o talento dos músicos nacionais com atrações internacionais de ponta. Abrindo a programação, na sexta (12), a banda formada pelo Centro de Formação Artística, Onda de Sopro, arrasou em uma apresentação espetacular. A segunda atração da noite contou com apresentação da banda instrumental Macahiba Jazz, que trouxe para o palco da Cidade do Jazz clássicos da música popular brasileira e sons internacionais.

Em seguida o lendário trio jazz-funk brasileiro Azymuth, conhecido e reconhecido desde a década de 70 pelo instrumental bem brasileiro, se uniu ao DJ Nuts, que com seus 30 e poucos anos está super ativo na cena cultura.

Pela primeira vez no Brasil, o cantor e gaitista Keith Dunn ateou fogo na plateia que ficou até o final da noite de abertura do evento. Ele dividiu o palco com Nicolas e Danilo Simi, do The Simi Brothers.

No sábado (13), abrindo os shows do palco do anfiteatro da Lagoa de Iriry, Roosevelt Collier, também conhecido como “The Dr.”, mostrou um swingue peculiar e contagiante, colocando o público para dançar de forma bem descontraída.

No palco da Cidade do Jazz, o gaitista Keith Dunn e os irmãos Danilo e Nicolas Simi, do The Simi Brothers, chegaram ao palco da Lagoa de Iriry na tarde sábado com força total e se despediram do Festival em grande estilo.

Á noite, subiu ao palco, em Costazul, Nico Rezende Jazz Quarteto, que encantou o público com um repertório clássico. O artista fez uma homenagem a Chet Baker, trompetista e cantor norte-americano que revolucionou o mundo do jazz com sua voz suave e improvisos melódicos.

Clássicos como “Time After Time”, “My Funny Valentine” e “There Will Never Be Another You”, trouxeram o melhor do jazz em um formato pop.

O grupo americano de soul-jazz, Delvon Lamarr, também agitou o público em Costazul. O grupo que tem seis anos de estrada, em seu álbum de estreia, intitulado “Close But no Cigar”, alcançou o primeiro lugar na parada de álbuns de jazz contemporâneo dos Estados Unidos.

O palco da Lagoa de Iriry tremeu com apresentações incríveis! Roosevelt Collier trouxe sua Guitarra Sagrada para Rio das Ostras e animou todo mundo que estava por lá.  Além dele, Keith Dunn e The Simi Brothers colocaram a plateia para dançar ao som do melhor Jazz do mundo.

Já na Cidade do Jazz, em Costazul, o pianista e também multi-instrumentista, Jon Cleary, subiu ao palco para agitar o público. O vocalista e também compositor ganhou o Grammy em 2016 de melhor álbum de música regional do Tennessee, nos Estados Unidos.

Para finalizar a noite de sábado (13) com gostinho de quero mais, Eric Gales, levou à plateia a loucura com sua maneira inusitada de tocar guitarra. O renomado músico, considerado atualmente um dos maiores guitarristas do mundo, subiu ao palco Costa Azul. Em 2019 e em 2020, ele ganhou o prêmio de melhor artista de Blues Rock do Ano, no Blues Music Award.

Na tarde de domingo (14), Delvon Lamarr Organ Trio subiu ao palco da Lagoa do Iriry trazendo um som inebriante. Jimmy James ainda impressionou ao tocar o instrumento com os dentes e os solos animaram e arrepiaram o público.

Para finalizar o domingo de apresentações no Palco da Lagoa do Iriry, em alto nível, Jon Cleary chegou animando a plateia. O músico, grande astro da cena do blues e do funk se apresentou pela segunda vez, depois de um show épico na noite de sábado, na Cidade do Jazz, em Costazul.

Com seu talento, Cleary tocou e excursionou com Taj Mahal, John Scofield, Dr. John, Allen Toussaint e Bonnie Raitt. O pianista tem 9 discos gravados e um Grammy em sua estante.

A noite de domingo foi recheada de atrações brasileiras. Hamilton de Holanda Trio se apresentou com o saxofonista americano Chris Potter. Um show instrumental que transitou livremente pelo jazz, pop, clássico e o swing brasileiro encantou a plateia, atenta ao dedilhar do bandolim de Hamilton e aos acordes de Potter.

Vencedor de vários prêmios Grammy Latino, Hamilton de Holanda registrou sua passagem por Rio das Ostras com muitos aplausos.

Apresentação de Roosevelt Collier também levantou o público. Se não bastasse o som incrível da guitarra de pedal de Collier, o show virou uma Jam Session quando Eric Gales subiu ao palco.

Roosevelt e Gales se conheceram no backstage do Festival e a química aconteceu logo de cara. Combinaram de fazer um som juntos e isso aconteceu na madrugada de domingo para segunda-feira. Um encontro de gigantes, que levou o público ao delírio.

A terceira noite do evento terminou cheia de swing. A Banda Black Rio, sucesso desde a década de 70, relembrou temas de novela e muitos sucessos que fizeram história na música. Com seu trio de metais e percussão incríveis invadiu a madrugada com todo mundo dançando passinho como nos melhores bailes de black music.

Na segunda-feira (15), os amantes da música instrumental tiveram a oportunidade de apreciar a apresentação de Hamilton de Halonda, Tiago Espírito Santo, Edu Ribeiro e Daniel Santiago no palco do Anfiteatro da Lagoa de Iriry.

O show ainda contou com a participação especial do saxofonista Chris Potter, que foi uma atração à parte. O público ficou encantado com cada acorde e com a qualidade do som que contagiou a Lagoa.

A despedida do palco da Lagoa de Iriry nesta edição do Festival foi feita em alto estilo. O guitarrista americano Eric Gales, mais uma vez, arrasou com seus acordes mágicos. Considerado como um dos melhores guitarristas da atualidade, Eric mostrou também porque pode ser considerado o novo Jimi Hendrix.

O quarteto instrumental Segundo Set abriu os trabalhos da última noite. Campeã do primeiro concurso de Bandas no Festival de Jazz & Blues em 2014, a Segundo Set traz no currículo uma histórica apresentação com o multi-instrumentista Al Jarreau.

O evento contou com apresentação de Sofia Farah, de 10 anos.  Ela participou com brilho do programa The Voice Kids, mostrando uma voz potente e super afinada que o Brasil inteiro conhece.

Sofia apimentou seu show com covers precisos de grandes nomes do Rock’n Roll, como Janis Joplin, Cássia Eller e The Beatles.

Trazendo uma invejável carreira internacional de quase 30 anos, Alamo Leal também subiu aos palcos do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival 2021. Carioca de nascimento, ele cresceu ouvindo lendas do blues norte-americano. No começo dos anos 1970 deixou o Rio de Janeiro e se mudou para Londres, onde iniciou sua vitoriosa carreira internacional.

O Blues Groovers também traz nomes de peso do cenário musical brasileiro, Otávio Rocha, Beto Werther e Ugo Perrotta, que fizeram parte das lendárias bandas Blues Etílicos e Big Allanbik.

Fechando com chave de ouro, a Banda Moving Waters & Lancaster levou o público ao delírio. Comandada pelo Mestre Lancaster, considerado um dos grandes nomes do Blues no Brasil, a Banda reúne um timaço de nove feras que apresentaram músicas que misturam o Reaggae e o Rock’n Roll em uma (re)união perfeita.

 

SEGURANÇA

Para os amantes da boa música curtirem o festival com tranquilidade, a Prefeitura de Rio das Ostras reforçou a segurança. Guardas civis municipais, integrantes do Grupamento de Operações Especiais, Defesa Civil e policiais militares do Programa Estadual de Integração na Segurança atuaram em vários pontos ao entorno do evento.

O evento também estava preparado para emergências. Um Posto de Atendimento Médico, montado com uma equipe composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e maqueiros. O local ainda contou com leito de Unidade de Terapia Intensiva, preparado com monitor cardíaco, ventilador mecânico, desfibrilador e todo material necessário.

Uma ambulância avançada também esteve à disposição para conduzir o paciente para uma Unidade de Pronto Atendimento.

 

MOVIMENTANDO A ECONOMIA

Com objetivo de incrementar a atividade turística e gerar emprego e renda para os munícipes, o Festival está recebendo todo apoio do Governo do Estado e conta com o patrocínio da iniciativa privada. Cerca de 80% dos custos do evento serão subsidiados por meio de patrocínio.

Além da movimentação turística, outro setor que foi beneficiado com o Festival é o da economia. Ao todo foram ofertados 20 espaços para bares, restaurantes e lanchonetes; dois para food bikes de doces; cinco para comercialização de produtos temáticos; três para venda apenas de bebidas; e 13 espaços destinados aos profissionais cadastrados na Renda Alternativa.

Em Costazul, além de muita música boa, também teve muita arte e artesanato. O Espaço do Artesão, na Cidade do Jazz, teve mais de 60 expositores com produtos variados.

 

AÇÃO SOLIDÁRIA

O Sesc RJ, com apoio do Sindicomércio, trouxe o Mesa Brasil Sesc RJ para a Cidade do Jazz. O Mesa Brasil Sesc é uma Rede de Bancos de Alimentos que combate a fome e o desperdício, e atende prioritariamente pessoas em situação de vulnerabilidade social e nutricional assistidas por entidades sociais.

Um ponto de coleta de alimentos não perecíveis esteve funcionando na Cidade do Jazz todas as noites. Os alimentos arrecadados serão revertidos para instituições socioassistenciais atendidas pelo programa em Rio das Ostras, como creches e abrigos, sendo utilizados para consumo dentro da instituição e também para a distribuição final para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

 

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