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Candidato a vereador é morto a tiros em Paraty

Valmir, Filho do Bibi, foi assassinado no Parque da Mangueira, onde ele morava com a família

O candidato a vereador Valmir Tenório, conhecido como Valmir “Filho do Bibi”, do PT, foi morto a tiros na tarde da última quarta-feira (04) em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. O crime aconteceu no bairro Parque da Mangueira, onde ele morava com a família.

Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, Valmir foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Hugo Miranda, mas não resistiu e morreu durante o atendimento. O corpo será levado para o Instituto Médico Legal de Angra dos Reis.

Uma equipe de perícia da Polícia Civil foi ao local para tentar levantar informações que possam ajudar nas investigações. Os policiais estão ouvindo depoimento de testemunhas e familiares. Também estão procurando possíveis imagens de câmeras de segurança.

Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito havia sido identificado. O delegado Marcelo Russo disse que ainda é cedo para falar sobre a motivação do crime.

Valmir tinha 50 anos e trabalhava como barman. Ele nasceu em Paraty e viveu desde sempre no bairro Parque da Mangueira. Era casado e pai de três filhos. Valmir tentava pela segunda vez se eleger vereador de Paraty — a outra foi nas eleições de 2004, sem sucesso.

Em nota, a coligação “Trabalhando o Futuro de Paraty” lamentou profundamente a morte do candidato e classificou o crime como “covarde”.

“A violência nas eleições municipais é um problema que ameaça a democracia em todo o país e agora atinge, mais uma vez, Paraty. A coligação cobrará da polícia uma apuração rigorosa dos fatos e um reforço no policiamento em Paraty até o dia 15 de novembro”, informou o comunicado.

O Núcleo Libertário PSOL Paraty também se solidarizou com a perda e prestou suas condolências. “Tendo em vista a morte a tiros do candidato a vereador Valmir Tenório (filho do Bibi) do Partido dos Trabalhadores (PT), o Núcleo Libertário PSOL Paraty manifesta suas mais sinceras condolências aos amigos e familiares, e solicita aos órgãos de segurança que investiguem o ocorrido de forma urgente e exemplar, para que os motivos e as circunstâncias deste crime bárbaro sejam devidamente esclarecidos, e os responsáveis identificados e punidos, com o máximo rigor da Lei”.

Mais casos de violência contra candidatos nesta semana

A candidata a vereadora do Rio Simone Sartório, do Patriota, denunciou ter tido o carro atingido por um tiro no fim da noite de terça-feira (03), na Zona Norte do Rio. A empresária, que tenta pela primeira vez uma vaga da Câmara Municipal, relatou à Polícia Militar ter sido perseguida por um carro suspeito, que realizou uma tentativa de abordagem. No momento, a candidata voltava para o comitê eleitoral, em Rocha Miranda. O caso foi registrado na 30ª DP (Marechal Hermes). A Polícia Civil investiga o caso.

O incidente aconteceu pouco mais de 24 horas depois que o candidato a vereador Zico Bacana (Podemos) foi baleado de raspão na cabeça em Guadalupe.

— Ela percebeu que estava sendo seguida. Abandonou o carro e procurou se refugiar em uma casa. Nesse momento, atiraram contra o carro. Uma bala estilhaçou um dos vidros do carro — contou o sargento da PM, Felipe Ribeiro, marido da candidata.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que policiais militares do 9ºBPM (Rocha Miranda) foram acionados para “verificar ocorrência na Rua Pacheco da Rocha” e no local “uma pessoa relatou ter sido vítima de uma tentativa de abordagem por ocupantes de um veículo suspeito”. De acordo com a PM, não houve detidos.

O sargento Ribeiro destaca não ser possível afirmar se Simone foi vítima de uma tentativa de assalto ou de um atentado.

— A situação foi muito estranha. Difícil avaliar. O que motiva desconfiar que possa ter motivação eleitoral é que Bento Ribeiro tem sido muito procurado por candidatos que jamais frequentaram o bairro — disse Ribeiro.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a candidata foi ouvida e o veículo foi encaminhado à perícia. Agentes estão realizando diligências para colher imagens de câmeras de vigilância que possam ter registrado a ação para dar continuidade às investigações.

Simone relatou que nos últimos dias desconhecidos rasgaram adesivos de carros distribuídos entre aliados.

— Reclamei disso inclusive em redes sociais. Não sei se isso incomodou alguém. Não tenho inimigos, ao que eu saiba. Campanha naquela região está difícil. Mas não vou desistir — disse a candidata.

 

 

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