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Governo do Estado apresenta prévia do maior projeto de expansão metroviária do Rio de Janeiro

Proposta prevê ampliação da Linha 2, construção da Linha 3, em direção a Niterói, e extensão da Linha 4 até o Recreio

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e da Riotrilhos, apresentou, nesta segunda-feira (09/06), a prévia do projeto de expansão metroviária do Rio de Janeiro, que inclui a ligação Estácio – Praça XV, a criação da Linha 3 (Praça XV – Niterói – Guaxindiba) e a extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes, com base no Plano Diretor Metroviário (PDM). A apresentação teve a participação de prefeitos das cidades da Região Metropolitana do Rio.

-Estamos dando um passo histórico rumo a um Rio de Janeiro mais conectado, moderno e eficiente. A expansão do metrô representa um avanço estrutural na mobilidade urbana, que vai beneficiar milhões de cidadãos, encurtar distâncias, melhorar a qualidade de vida e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado. Este projeto é fruto de muito trabalho técnico, planejamento e diálogo com diferentes esferas de governo – ressaltou o governador Cláudio Castro.

Representantes da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) apresentaram um vídeo ilustrativo sobre a expansão, com a proposta dos estudos que serão desenvolvidos referentes aos trechos. O contrato para a elaboração dos estudos de viabilidade está sendo finalizado. A FIPE teve importante participação na elaboração do novo contrato da Setram com o MetrôRio, incluindo a definição do fluxo de caixa que guiará a relação contratual entre o Estado e a concessionária pelos próximos 25 anos.

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, presente no encontro, anunciou que o Governo Federal vai investir R$ 20 milhões nos estudos para a expansão metroviária do Rio de Janeiro. Já o Governo do Estado vai aportar cerca de R$ 12 milhões. A FIPE estima que a construção dos trechos em questão custará R$ 28 bilhões.

– Este é um momento marcante para o Rio de Janeiro. Temos o maior projeto de expansão metroviária da história, que vai solucionar demandas antigas da população e revolucionar a mobilidade urbana do nosso estado. Os engarrafamentos e a emissão de gás carbônico reduzirão, e os deslocamentos e a qualidade de vida dos passageiros vão melhorar, além de gerar muitos empregos. Conseguimos destravar as obras da estação Gávea e estamos caminhando para a solução de mais um projeto complexo, que exige muito estudo e planejamento – destacou o secretário Washington Reis.

Estácio – Praça XV

Desde a concepção original da Linha 2, na década de 1970, à extensão até a Praça XV sempre foi considerada essencial para conectar de forma mais eficiente a Zona Norte ao Centro e à Zona Sul. O traçado segue pelo eixo central da Rua Frei Caneca e posiciona a Estação Catumbi atrás da Praça da Apoteose.

Considerado como prioritário no Plano Diretor Metroviário (PDM), o trecho Estácio – Praça XV fará com que a Linha 2 cumpra seu traçado original e opere de forma independente, fazendo com que a estação Carioca passe a ser um dos pontos principais de integração com a Linha 1.

A mudança elimina os cruzamentos operacionais nas estações Central e Botafogo, já que os trens da Linha 2 não precisarão mais acessar os mesmos trilhos que a Linha 1, como ocorre até hoje. Dessa forma, os gargalos serão resolvidos e os intervalos, reduzidos, aumentando a capacidade da Linha 2 em 70%. A expectativa é que sejam transportados 450 mil passageiros por dia.

Linha 3: Praça XV- Niterói – Guaxindiba

Primeira linha intermunicipal de metrô do estado, a Linha 3 ligará os municípios do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo em um percurso de 28 km e 15 estações, podendo se estender futuramente até Itaboraí.

O sistema de transporte, que beneficiará cerca de 650 mil usuários por dia, encurtará de 2h para 40 minutos o tempo de viagens entre Niterói e São Gonçalo, principalmente nos horários de pico, e representará economia significativa no bolso do usuário. Além disso, serão gerados milhares de empregos e haverá redução de engarrafamentos e da emissão de poluentes.

Segundo o Plano Diretor Metroviário (PDM), o primeiro trecho, interligando as estações Praça XV e Arariboia, seria executado através de um túnel subaquático escavado sob a Baía de Guanabara, levando em conta a complexidade do processo de execução da obra e aspectos geológicos e ambientais. A partir de Arariboia, as estações da Linha 3 passarão a operar em superfície.

A previsão é que a estação Guaxindiba seja construída perto da BR – 101, uma das principais rodovias federais do Brasil, promovendo uma maior integração intermodal, recebendo a demanda de municípios vizinhos (Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e Magé).

Extensão da Linha 4 até o Recreio

O rápido desenvolvimento do bairro do Recreio dos Bandeirantes, com a construção de novos empreendimentos residenciais e comerciais reforça a necessidade de uma alternativa de transporte de alta capacidade, como o metrô.

A previsão é que o Terminal Alvorada se torne um ponto estratégico de integração, conectando futuras expansões da malha metroviária e integrando a outros modais de transporte, promovendo maior eficiência e acessibilidade à mobilidade urbana na região.

A projeção é que 360 mil passageiros sejam beneficiados por dia com a extensão da Linha 4.

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