
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou um pedido feito por Volodymyr Zelensky e terá uma reunião com o presidente da Ucrânia durante sua passagem pelo Canadá, onde participará da cúpula do G7.
Convidado pelo governo canadense para o evento que reúne líderes das sete maiores economias do mundo, além de outras autoridades, Lula embarca para o país da América do Norte nesta segunda-feira (16). A reunião com Zelensky está prevista para terça-feira (17), ainda sem horário definido.
No encontro, Lula e Zelensky discutirão possíveis caminhos para o fim da guerra na Ucrânia. Embora já tenha rejeitado, anteriormente, uma proposta de paz elaborada por Brasil e China, o presidente ucraniano considera Lula uma voz importante para contribuir com a resolução do conflito, especialmente porque o mandatário brasileiro, além de ter projeção internacional, mantém diálogo e proximidade com o presidente da Rússia, Vladimir Putin – com quem Lula se reuniu recentemente em Moscou.
Em 2023, durante a Cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, Zelensky chegou a procurar Lula para uma reunião, mas o encontro não foi realizado por incompatibilidade de agendas. Ainda naquele ano, em setembro, os dois presidentes se reuniram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA).
Lula no G7
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participará, na terça (17), da Cúpula do G7, que ocorre na região de Kananaskis, na província de Alberta. É a nona vez que Lula participa da reunião das sete maiores potências econômicas do planeta, desta vez como convidado para o segmento de engajamento externo do evento.
O convite partiu do governo canadense, anfitrião da cúpula. Além do Brasil, também foram convidados África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, além de dirigentes de organismos internacionais como ONU, Banco Mundial, Comissão Europeia e Conselho da União Europeia.Apesar de o tema principal com Lula ser segurança energética e cadeias de minerais críticos, a participação brasileira ocorre em um cenário geopolítico tenso. A guerra entre Rússia e Ucrânia segue sem perspectiva de paz. Já o massacre de palestinos que Israel promove em Gaza é descrito frequentemente por Lula não como uma guerra, mas como um genocídio contra civis, especialmente mulheres e crianças.
Além disso, os recentes ataques de Israel contra o Irã e a resposta iraniana alimentam o risco de um conflito armado de grandes proporções, com possíveis desdobramentos no envolvimento militar ocidental. O mundo acompanha com preocupação a escalada, e a reunião do G7 ocorre sob essa crescente tensão internacional.
A agenda oficial de Lula começa já na segunda-feira (16), com uma recepção às 17h30 (horário local) oferecida pela premiê de Alberta, Danielle Smith, e, em seguida, um jantar oficial promovido pela governadora-geral do Canadá, Mary Simon, em Calgary.
Na terça-feira (17), Lula participa da recepção oficial, da foto dos líderes do G7 com os países convidados e, depois, de reuniões bilaterais – incluindo um encontro confirmado com o primeiro-ministro canadense Mark Carney.
Em seguida, o presidente brasileiro participa da sessão de engajamento externo, um almoço de trabalho com 17 países. O tema será: “O futuro da segurança energética: diversificação, tecnologia e investimentos para assegurar acesso e sustentabilidade em um mundo dinâmico”. O encerramento está previsto para as 15h30 (horário local).