Pacientes diabéticos que vivem em Cabo Frio já podem celebrar uma nova fase de cuidados e tratamento com a implantação do programa municipal “Viver + Diabetes”, lançado oficialmente nesta quarta-feira (4), pela Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Secretaria de Saúde. O evento contou com a presença de mais de 100 profissionais da área, entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos, e foi realizado no auditório da Universidade Estácio de Sá.
Na mesa de abertura, prestigiaram o evento a Secretária de Saúde de Cabo Frio, Beatriz Trindade; o Secretário Adjunto de Média e Alta Complexidade, Dr. Illo Rangel; o Subsecretário de Saúde de Tamoios, Dr. Augusto Azevedo, e a Secretária Adjunta de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Sandra Rabelo.
“Este é um projeto inovador e, como o nome já diz, tem o objetivo de proporcionar mais qualidade de vida e longevidade ao paciente diabético, que precisa de cuidado permanente e multiprofissional. O projeto já existia, mas passou por uma total reformulação a fim de descentralizar e aprimorar o atendimento a esse público, tornando o tratamento mais humanizado, eficaz e mais digno”, destacou a Secretária de Saúde.
Para o Dr. Augusto Azevedo, o novo fluxo de distribuição de insumos e de atendimento aos pacientes vai trazer uma nova realidade para a rede de saúde de Tamoios:
“Esse projeto vai ser fundamental para integrar toda a rede pública de saúde do município, principalmente no Distrito de Tamoios, onde haverá mais acesso aos medicamentos e às informações, de forma que possamos realizar tratamentos completos, sem deixarmos lacunas no processo de melhoria de vida para os nossos pacientes. Essa é uma diretriz da nova gestão e fico feliz que estamos conseguindo alcançar esse objetivo”, destacou o Subsecretário.
Durante o evento desta quarta-feira, foram apresentados os principais objetivos e as principais mudanças implantadas com o “Viver + Diabetes”, a partir de agora, em Cabo Frio.
Alguns dos critérios para inserção no programa municipal são:
• ser morador do Município de Cabo Frio;
• portador de Diabetes Mellitus tipo 1 (adulto);
• portador de Diabetes Mellitus tipo 2 e outros tipos de Diabetes Mellitus, em uso de insulina, no mínimo duas vezes ao dia;
• diabético de difícil controle, em uso de 3 ou mais hipoglicemiantes orais;
• diabético descompensado (Hemoglobina Glicada > 8%) em uso de insulina;
• portador de insuficiência renal crônica, com clearance de creatinina menor que 30mL/min;
Com foco em integrar, cada vez mais, pacientes diabéticos insulino-dependentes à rede pública de saúde, o projeto chega para ofertar melhor acesso às medicações e insumos para o controle da doença, por meio de estratégias como: a informatização dos cadastros dos diabéticos – cujo controle ainda era feito manualmente; estabelecimento de novos critérios de encaminhamento e retorno para atenção básica; criação da cartilha de acompanhamento do paciente diabético, para controle do médico e do próprio assistido e inclusão de mais vagas pela Central de Regulação do município.
Além disso, o programa implementa a descentralização da entrega de insumos, que era feita apenas no Centro de Atendimento ao Diabético Hipertenso (CADHI). A partir de agora, porém, passa a ser realizada em 3 polos: na Farmácia Básica, no Centro de Cabo Frio; no Hospital do Jardim Esperança e na Farmácia no Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico (CEAD), em Tamoios.
Outra mudança será a oferta de um atendimento multidisciplinar, com apoio de psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e endocrinologistas, pra que o paciente tenha um acompanhamento mais abrangente e eficaz.
