Sargento morta após carro enguiçar pode ter sido executada
A Polícia Civil não descarta que a sargento Bruna Borralho, 27 anos, morta na noite de domingo (30), tenha sido executada. A militar foi alvo de disparos de arma de fogo, quando seu carro havia enguiçado na Avenida Presidente Kennedy, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O corpo de Bruna foi enterrado às 11h no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, Zona Oeste do Rio na terça-feira (1°).
A linha de investigação principal, no entanto, continua a ser a de latrocínio, roubo com morte. Segundo a Polícia Civil, a vítima havia registrado três denúncias de violência doméstica contra o marido.
O crime aconteceu, quando o marido da vítima havia parado para consertar o carro, um Cruze prata, que havia aquecido. Enquanto estava fora do veículo, ele ouviu a esposa gritar sobre um assalto. Em seguida, ele relatou à polícia que escutou dois disparos. A irmã de Bruna estava no carro com os filhos, sobrinhos da vítima, eles foram retirados do carro, que foi levado pelos criminosos.
Bruna foi socorrida para a UPA do Pilar, em Caxias, mas já deu entrada na unidade sem vida. A PM disse que os policiais do 15° BPM (Duque de Caxias) foram acionados pra checar a entrada de uma mulher ferida por disparo de arma de fogo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pilar. Chegando ao local, os policiais constataram que a vítima não resistiu aos ferimentos.
O Portal dos Procurados divulgou um cartazpedindo informações que possam identificar e localizar os envolvidos na morte. Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos pode denunciar pelo Whatsapp Portal dos Procurados (21) 98849-6099 e pelos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177. O anonimato é garantido.
O Comando Militar do Leste (CML) disse que está prestando todo suporte à família, além das medidas administrativas cabíveis para elucidação dos fatos. Bruna era lotada na 21ª Brigada de Infantaria Paraquedista.
Em uma rede social, a irmã da vítima cobrou justiça e que a morte de Bruna seja esclarecida. “Que a justiça seja feita e não caia no esquecimento como mais uma vítima ou mais um número pra estatística de uma violência que só aumenta, porque a família não esquece nunca. É um vazio que jamais será preenchido. Tiraram uma filha dos seus pais, uma irmã tão querida que era o nosso elo forte, tiraram uma tia dos seus sobrinhos. Era nossa Bruna, era nossa mana como costumávamos nos chamar. EU TE AMO PRA SEMPRE MANINHA. Como ta doendo cara eu queria acordar desse pesadelo e ouvir você me chamando: -Mana fala comigo! Tô chegando já”, escreveu Barbara Borralho.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Equipes da unidade realizam diligências para esclarecer o caso.
A Secretaria de Estado de Vitimados (SEVIT) informa que ofereceu atendimento psicológico e social para a família de Bruna Carla Borralho Cavalcante. A equipe psicossocial esteve com a família da vítima e acompanha o caso.