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Preso na Flórida (EUA) suspeito de ser principal operador do Faraó dos Bitcoins

Piloto, apontado como cúmplice do traficante colombiano Pablo Escobar, estava foragido havia quatro anos; segundo investigações, ele deixou o Brasil com passaporte falso

Um suspeito de ser, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o principal operador de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, foi preso, na terça-feira (04), em Miami, na Flórida (EUA). Ele se chama, segundo o g1, Ricardo Rodrigues Gomes é conhecido como Piloto. O brasileiro estava foragido havia quatro anos. A prisão foi uma cooperação da agência americana Homeland Security Investigations (HSI) com a PF.

De acordo com as investigações, Piloto deixou o Brasil usando um passaporte falso e passou a atuar nos Estados Unidos em benefício da organização criminosa, estruturando o esquema e abrindo uma firma. Ele, de acordo com a PF, intermediou aquisições patrimoniais, constituindo empresas, movimentando contas bancárias, adquirindo criptoativos e providenciando documentos migratórios.

As investigações apontam também que Ricardo usou documentos falsos para justificar “os depósitos nas contas da empresa”. Uma das formas era expedir notas fiscais internacionais, sem lastro. Valores saíam para a conta de Glaidson em depósitos de criptoativos lastreados no dólar americano, também chamados de stablecoins.

Desde agosto de 2022, o suspeito era alvo de uma Difusão Vermelha da Interpol, sendo considerado um foragido internacional.

O preso permanecerá sob custódia nos Estados Unidos enquanto são adotadas as providências para sua deportação ou extradição ao Brasil. Piloto poderá responder pelos crimes pelos quais é acusado, com penas que podem chegar a 26 anos de prisão.

 

Aliado de Pablo Escobar

Piloto teria sido um dos comandantes aéreos responsáveis pelo transporte de drogas do cartel comandado por Pablo Escobar, traficante colombiano morto em 1993. Ele também teria agilizado a tentativa de saída de Glaidson Acácio do Brasil.

O suspeito teria sido também responsável por viabilizar a documentação necessária à estadia dos chefes da organização criminosa nos EUA. Ele também seria o comprador de uma aeronave com capacidade para 19 pessoas. A PF diz que a aquisição chegou a ser feita e o avião foi comprado no nome da filha de Ricardo.

Glaidson Acácio foi preso na operação Kryptos, em em agosto de 2021, acusado de crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como o mentor de um esquema criminoso que movimentou ilegalmente mais de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021, operando uma pirâmide financeira com falsas promessas de investimentos em criptomoedas.

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