Policiais civis da 38ª DP (Brás de Pina) realizaram, na terça-feira (06), uma operação contra uma organização criminosa acusada de uma série de estelionatos. O objetivo é cumprir 16 mandados de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Gonçalo e Niterói. A ação conta com o apoio de outras delegacias do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI), além de policiais militares. Até o fechamento desta edição, onze pessoas foram presas.
Os alvos vêm sendo investigados há seis meses. Por meio das investigações, a Polícia conseguiu entender como operava o grupo criminoso, bem como identificar seus membros e a divisão de tarefas. Eles contraiam empréstimos fraudulentos em nome de suas vítimas, em grande parte idosos e pessoas de pouca instrução.
As vítimas eram contatadas sob a alegação de que havia valores residuais a receber do INSS. Essas pessoas compareciam ao escritório da quadrilha e forneciam dados que eram utilizados na abertura de contas digitais, que permaneciam sob o controle dos estelionatários. A partir disso, eram feitas diversas movimentações bancárias, que incluíam contratação de empréstimos.
O delegado titular da 38ª DP (Brás de Pina), Fábio Asty, afirmou em contato com O DIA que o trabalho não termina hoje, mas o fato de ter tido êxito no desmantelamento da quadrilha já é algo a se comemorar. Segundo ele, a Polícia trabalha com cerca de uma centena de vítimas.
“A operação, até o momento, tem 11 presos e estamos trabalhando para encontrar os outros cinco que faltam. Essa ação foi um duro golpe na quadrilha, pois desmantela organização criminosa plena, de hierarquia bem definida, alcançando do dono da empresa até os agenciadores que faziam contato com as vítimas. Acreditamos que esses criminosos tenham chegado a lesar cerca de uma centena de pessoas, somando um montante de seis milhões de reais. Com o auxílio da Justiça, conseguimos bloquear contas bancárias e esperamos restituir todas aquelas pessoas que caíram nesse golpe. O trabalho não vai parar por aqui”, disse Asty.
O grupo continuava em atividade mesmo depois de ter sido alvo de uma ação anterior, quando os agentes cumpriram busca e apreensão em um escritórios da empresa em um centro empresarial em Alcântara, no município de São Gonçalo. Na época, imagens de câmeras de segurança do edifício captaram várias autoras dos golpes deixando o local quando os policiais se aproximavam da edificação para cumprir as ordens judiciais.