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O legado de Elis Regina

Na quarta-feira (19), completam-se 40 anos sem Elis Regina. A cantora gaúcha foi uma das mais importantes intérpretes da geração pós-bossa nova no país. Por sua performance versátil, foi considerada a maior cantora do Brasil. É Também reconhecida pelas sua forma de expressão altamente emotiva, tanto na interpretação musical quanto em seus gestos.

Elis Regina, nascida em 1945, revolucionou a música e deixou a sua belíssima voz marcada na bossa nova, na MPB e em tantos outros gêneros musicais. Sempre muito política, Elis é intérprete de inúmeros sucessos, entre eles Águas de março, com Tom Jobim, Como nossos pais e O bêbado e o equilibrista.

Elis se inspirou bastante nos cantores de rádio da sua época e começou sua carreira ainda na adolescência. No entanto, foi nos grandes festivais de música dos anos 1960, transmitidos pela televisão, que ela apresentou a extensão de sua voz e a sua dramaticidade enquanto cantava. O seu gestual, enquanto se apresentava, é um traço marcante de suas performances.

Apelidada de Pimentinha, Elis chegou a ter uma projeção internacional: foi comparada a Ella Fitzgerald, a cantora que ficou eternizada pela potência de sua voz. Foram quatro milhões de discos vendidos em 18 anos de carreira. Elis Regina faleceu no auge de sua carreira, no ano de 1982, aos 36 anos, vítima de uma parada cardíaca após consumo de álcool, drogas e medicamentos. Ela deixou três filhos e uma legião de admiradores.

 

GRANDES PROJETOS

Três grandes projetos sobre Elis Regina, com potencial para recolocarem o nome da cantora em destaque com frescor e ineditismo, estão na esteira para serem lançados entre o segundo semestre deste ano e o começo de 2023. Uma época escolhida não por acaso.

Dois dos produtos são ligados ao audiovisual: um documentário em três episódios, a ser lançado pela HBO, vai levar o nome de Elis por João, com imagens de programas, shows e entrevistas que Elis concedeu para emissoras de vários países. O produtor é Marcelo Braga e direção ficou com Lea Van Steen. A progressão das cenas terá um eixo cronológico e baseado na narrativa muitas vezes emocionada de João Marcello. Imagens de Elis conseguidas por Braga a mostram em aparições nas TVs de países como Bélgica, França, Portugal, México e Alemanha.

O segundo projeto em fase de finalização, aguardado pelos fãs há anos, é também um documentário gravado pelo produtor Roberto de Oliveira durante os registros, em Los Angeles, nos Estados Unidos, do álbum Elis & Tom, lançado em 1974. Roberto tem um material bruto de 3h30 em vídeo e mais 4h em áudio guardados desde então. Agora, editados, eles estão prontos para surgir no longa-metragem Elis & Tom – Só Tinha de Ser com Você, pelo canal Arte 1. A expectativa é de que saia no segundo semestre. “Estamos na fase final, mas gostaríamos de lançar quando a pandemia estiver mais controlada para fazermos um evento presencial”, diz o produtor.

E a terceira empreitada, em uma frente inédita para os fãs da cantora, trata-se da criação do personagem Elis para história em quadrinhos, desenvolvida pelo desenhista Gustavo Duarte, 44 anos, um dos mais respeitados quadrinistas e cartunistas brasileiros, com trabalhos realizados para os estúdios internacionais Marvel e DC Comics.

 

 

 

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