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Lula turbina salários de aliados

Reportagem de Gustavo Côrtes nos conta que o governo Lula já nomeou 323 aliados para conselhos de estatais e de empresas privadas das quais a União é acionista. Esses cargos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados e os contracheques podem chegar a R$ 80 mil por mês.

A lista de beneficiados inclui ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Planalto, servidores comissionados, dirigentes e ex-parlamentares do PT e até apadrinhados do Congresso.

Para mapear o tamanho da “turma dos conselhos”, o Estadão fez, ao longo do último mês, mais de 40 pedidos com base na Lei de Acesso à Informação, cruzou dados das empresas e analisou documentos de ministérios da gestão petista. Procurado, o Planalto disse que segue a Lei das Estatais.

Já de olho na corrida eleitoral de 2026, aliados de Lula veem com preocupação a possível indicação de Michelle Bolsonaro como candidata para substituir o ex-presidente. À Coluna do Estadão, petistas apontaram que a ex-primeira-dama tem expressivo apelo no eleitorado feminino e evangélico – calcanhar de Aquiles do atual presidente.

Cientistas políticos consideram Michelle forte, mas ponderam que o eleitor bolsonarista prefere votar em homens, o que pode levar Bolsonaro a indicar um dos filhos.

Por outro lado, caso o ex-presidente insista no discurso de tentar se candidatar, mesmo estando inelegível, um ponto importante pode jogar água em seus planos. Eliane Cantanhêde aponta que, assim como a prisão de Collor trouxe de volta o fantasma do petrolão, que assombra Lula, ela também aumentou o pânico de Bolsonaro de parar na cadeia com seu julgamento por tentativa de golpe no STF.

À frente do governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas tem reforçado aos seus aliados que não vai se afastar do cargo e pretende concorrer à reeleição. A avaliação é que não há garantia de que Bolsonaro indicará um nome para sucedê-lo tão cedo. Outros fatores também podem explicar por que o governador quer permanecer no cargo; entenda aqui.

Nesta segunda-feira, sob a sombra de Trump, canadenses escolhem um novo primeiro-ministro. As ameaças de anexação e as tarifas impostas pelo presidente americano ao país dominaram o debate político nos últimos meses e devem ser pontos determinantes na escolha do próximo premiê.

O atual primeiro-ministro Mark Carney, do Partido Liberal, é favorito contra Pierre Poilievre, do Partido Conservador.

Ontem, na cidade de Vancouver, um motorista avançou contra uma multidão que participava de um festival de rua promovido pela comunidade filipina que vive no Canadá. Ao menos 11 pessoas morreram, entre elas a brasileira Kira Salim, que vivia no país com o marido há quase três anos.

Natural do Rio de Janeiro e com família no Rio Grande do Sul, ela formou-se em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), em 2014.

Nos EUA, Elon Musk, líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), vem acumulando desafetos e críticas. Em pouco tempo, ele já enfrentou conflitos com altos funcionários do governo Trump, incluindo uma disputa com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que culminou em uma briga aos berros na Casa Branca.

O episódio, segundo o The Washington Post, é apenas uma das polêmicas em que Musk se envolveu dentro e fora do governo. O bilionário, conhecido por seus ataques públicos a outros membros do gabinete e por suas decisões abruptas, vê agora sua popularidade cair entre os eleitores e enfrenta reprovação de veículos conservadores.

Ao assumir cargo na gestão de Trump, ele disse que faria cortes expressivos nos gastos do país, mas, recentemente, anunciou que reduziria seu envolvimento no DOGE, citando a necessidade de se concentrar na Tesla, que enfrenta desafios financeiros.

Fonte: www.estadao.com.br

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