Turismo

RIO BRANCO: as belezas intocáveis da Capital da Amazônia Ocidental

Conhecer o Acre é sinônimo de explorar uma das regiões mais intocadas da floresta amazônica. A cidade de Rio Branco é a capital do estado e principal ponto de partida para quem deseja se aventurar nessa região de belezas intocáveis.

Originada às margens do rio Acre e ao lado do Peru e da Bolívia, a cidade possui uma combinação de crenças, costumes e folclore ímpar. Além disso, a capital acreana é conhecida por ser hospitaleira, iluminada e moderna, ou seja, um destino cheio de experiências nascidas na floresta e na história do seu povo.

A cidade é dividade em duas partes: de um lado o centro histórico e do outro a chamada cidade nova. O clima sempre com altas temperaturas e chuvas frequentes são intensos durante todo o ano inteiro

A gastronomia típica utiliza como os principais ingredientes o pato e o pirarucu, frutos da herança deixada pelos índios que habitavam a região, além do bobó de camarão, o vatapá e a carne de sol com macaxeira, trazido do Nordeste brasileiro logo quando iniciou a extração do látex, já que muitos nordestinos migraram para o Acre tentando uma melhor qualidade de vida. No artesanato os artigos são confeccionados com materiais extraídos da floresta amazônica.

 

ATRATIVOS

Famosa por ser o centro da Floresta Amazônica, Rio Branco é rodeada por áreas verdes, como o Parque Ambiental Chico Mendes que já foi sede de um seringal antigo e hoje é dedicado ao lazer dos moradores, e o Parque da Maternidade, que traz a modernidade urbanística da cidade. Outro ponto dedicado ao verde na cidade é a Biblioteca da Floresta. A visitação inclui aula sobre as etnias indígenas da região Amazônica, sons da floresta e até uma reprodução fiel da casa de um seringueiro.

E falando em seringueiro, o turista pode visitar o Museu da Borracha, que reúne um acervo de mais de 5.300 peças de arqueologia, paleontologia, história, coleção de manuscrito e documentos referentes aos acontecimentos no estado. O local foi sede do Ciclo da Borracha, que ocorreu entre o século 19 e 20 e colocou o látex como atividades essenciais para a economia brasileira.

O Palácio Rio Branco e a Ponte Metálica são alguns dos cartões-postais do Acre. O primeiro abrigou a sede da Prefeitura Departamental do Alto Acre, em 1908. O governador Hugo Carneiro transformou o casarão no suntuoso palácio que ele é hoje. Já o segundo, construído em 1969, foi criado de forma que pudesse se elevar verticalmente, permitindo que grandes embarcações pudessem trafegar pelo Rio Acre.

O Mercado Municipal é local de encontro para o café da manhã de quem sai cedo para trabalhar. Além das comidas típicas, conhecer o “Mercado Novo” é viajar na diversidade acreana, conhecendo pessoas, diferenças e histórias.

Por fim, que tal dar uma passada no Calçadão da Gameleira? No local está situada uma grande bandeira do Acre que pode ser vista de vários pontos da cidade. As casas coloridas, de quando a cidade ainda era um seringal, embelezam o cenário e fazem um convite para uma bela caminhada pelo calçadão.

Em Rio Branco, os parques e monumentos históricos encantam os turistas que podem conhecer e se apaixonar pela história do Estado, povo e cultura.

Conheça os principais pontos turísticos:

Palácio Rio Branco – construído em 1929, este Museu apresenta desde as fases da sua construção à sociedade atual, passando por exposições dos sítios arqueológicos, dos povos tradicionais, movimentos sociais sindicais e revolução Acreana.

Memorial dos Autonomistas – é um espaço dedicado à memória daqueles que lutaram pela autonomia política do Acre entre os anos de 1903 a 1962. O lugar recebe o nome de José Guiomard dos Santos, senador e criador do Projeto de Lei 4.070 que elevou o Acre à categoria de Estado.

Praça da Revolução – A praça central e mais antiga da cidade de Rio Branco é um cartão postal para aqueles que vão ao centro da cidade, podendo apreciar uma deliciosa rabada no tucupi ou um tacacá. Seu nome faz referência aos heróis anônimos da Revolução Acreana que combateram as tropas bolivianas. Antes do nome atual, chamava-se Praça Plácido de Castro, comandante e idealizador dos combates da revolução.

Novo Mercado Velho – Construído em 1929 é uma das construções em alvenaria mais antigas do estado e o lugar mais boêmio da capital. É ali que turistas e moradores locais apreciam pratos típicos ou um belo fim de tarde às margens do rio Acre.

Museu da borracha – Localizado na capital Rio Branco, o Museu da Borracha foi inaugurado em 5 de novembro de 1978 e é um espaço que preserva a história do Acre, através de uma exposição sobre a vinda dos nordestinos para a nossa região, formando assim a sociedade da borracha.

Calçadão da Gameleira – localizado na margem direita do Rio Acre, foi ali que se deu o início de Rio Branco, fundado como Seringal Volta da Empreza em 28 de dezembro de 1882, pelo nordestino Neutel Maia. Ali, instalaram-se nordestinos, árabes, libaneses, sírios que montaram as primeiras casas comerciais da época.

Parque Ambiental Chico Mendes – Antigo seringal, o Parque Ambiental Chico Mendes, em Rio Branco, funciona como um centro de preservação natural, educação ambiental e de convivência.

Com uma vegetação exuberante e várias espécies de animais nativos da floresta amazônica, como onças, macacos e serpentes, o parque oferece também opções de trilhas na mata, mirante, academia ao ar livre e um memorial dedicado ao seu patrono, Chico Mendes.

Horto Florestal – com uma área de 17 hectares, o local é propício para os amantes da natureza e praticantes de atividades físicas, dispondo de decks, trilhas, lagos e academia popular.

 

TURISMO DE EXPERIÊNCIA

O turista que deseja viajar para destinos onde seja possível desfrutar sentimentos prazerosos e inesquecíveis, ligados à natureza e contato direto com pessoas de diferentes etnias, precisa vir ao Acre.

Nas aldeias indígenas, é possível celebrar a cultura e a espiritualidade dos povos da floresta, mergulhar nas suas histórias, vivenciar a magia, suas medicinas e crenças.

O Rio Croa, localizado em Cruzeiro do Sul, a 648 km da capital Rio Branco, guarda paisagens naturais de muita riqueza em fauna e flora. O rio de águas escuras com características de lago chama atenção por sua beleza.

A maioria das famílias, que habita nas proximidades do rio, é adepta do chá da ayahuasca e recebe constantemente visitantes em busca de paz espiritual e contato com a natureza.

Ao longo do Rio Croa é fácil encontrar árvores centenárias como a samaúma e a seringueira, além de vitórias-régias que nas águas do Croa se proliferam e embelezam ainda mais o local, que é paradisíaco.

O Parque Nacional da Serra do Divisor é o quarto maior do Brasil e é considerado também o local de maior biodiversidade da Amazônia. Criado em 1989, a unidade de conservação (UC) está situada na fronteira entre o Acre e o Peru, com território distribuído pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves.

O rio Moa é uma das principais atrações do parque, possui lindas cachoeiras e corredeiras, e é navegável por embarcações de pequeno porte durante o ano inteiro. Populações indígenas e seringueiras habitam o local.

 

TURISMO DE AVENTURA

Percorrer uma trilha no Acre, no coração da Amazônia é, sem dúvida, uma experiência marcante. As trilhas guiadas podem ser feitas com moradores locais ou guias turísticos.

A Reserva Extrativista Chico Mendes é referência no circuito de trilhas. O trajeto percorre seringais e várias partes da reserva, permitindo ao caminhante sentir a floresta densa e preservada em toda sua plenitude, com cheiros e sons da mata e das inúmeras espécies de animais que dividem o espaço com seringueiros e quebradores de castanha do Brasil. Uma caminhada pode durar até 4 dias na floresta.

 

TURISMO RELIGIOSO

O turismo religioso compreende peregrinações, romarias, visitas a locais religiosos, festas e espetáculos de cunho sagrado. É um segmento que contribui para a valorização e a preservação das práticas espirituais.

Dentre várias celebrações de fé dos acreanos, destacam-se:

Cultura Ayahuasqueira – O Acre é o berço da doutrina do Santo Daime, manifestação religiosa que surgiu na região amazônica em 1930 pelo Mestre Irineu. Consiste em uma doutrina espiritualista que tem como base o uso sacramental de uma bebida enteógena, a ayahuasca,  obtida pelo cozimento do cipó jagube e da folha chacrona.

Novenário da Nossa Senhora da Glória – Um dos maiores eventos religiosos do Acre, celebra uma das partes mais significativas da vida de Maria: sua subida ao céu de corpo e alma. É realizado em agosto, em Cruzeiro do Sul.

Festa de São Sebastião – É a segunda maior festa de segmento religioso do Acre, realizada anualmente em Xapuri, no dia 20 de janeiro, em homenagem ao santo padroeiro do município.

 

CULINÁRIA

É impossível passar por Rio Branco e não provar um pouco da comida da cidade. O Novo Mercado Velho, situado à beira do rio Acre, apresenta diversas opções aos turistas. Lá, você pode adquirir itens da cozinha e do artesanato nortista, além de experimentar pratos típicos, como o tacacá e o pirarucu de casaca. Além disso, há outros sabores como o tucupi, um caldo da raiz da mandioca, e o jambu, uma folha que adormece a língua.

A capital, também, tem como o carro-chefe o cupuaçu, fruto da Amazônia, utilizado em mousses, bombons, sorvetes e geleias. Este também não pode faltar na sua experiência.

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