DOCUMENTÁRIO MOSTRA POLUIÇÃO NA LAGUNA DE ARARUAMA EM IMAGENS AÉREAS
Há mais de 30 anos denunciando crimes ambientais na Costa do Sol, por terra e por ar, o ambientalista Ernesto Galiotto está lançando nesta quinta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, um documentário sobre a poluição na Laguna de Araruama. Ele produziu as imagens no seu monomotor “Mico-Leão voador” no dia 13 de abril, quando a maré estava baixa e foi possível ver não somente a poluição da laguna como também os reflexos na Praia do Forte, a principal praia de Cabo Frio.
Nos últimos 30 anos, Galiotto sobrevoou a Costa do Sol 45 vezes, sem contar os voos realizados somente em Cabo Frio e Búzios. Num segundo documentário, que lançará em breve, ele vai mostrar, com fotografias, a diferença da lagoa há 30 anos e nos dias de hoje. Ele admite que houve melhorias em alguns trechos, com melhor oxigenação da água, mas a situação ainda é muito ruim, segundo ele.
— Nestes 30 anos, nunca vi a maré tão baixa como no dia 13 de abril. O fenômeno facilitou a produção do documentário, com imagens inéditas que mostram claramente o esgoto in natura em várias partes da laguna (corpo d’água costeiro conectado ao mar). Gostaríamos de saber para onde foram os recursos investidos na despoluição da laguna. A agressão ambiental ainda é muito grande – lamentou o ambientalista.
Segundo Galiotto, as imagens também mostram a poluição das praias oceânicas, pois a laguna é ligada ao mar através do Canal Itajuru, em Cabo Frio, que também recebe esgotos da Ogiva, Peró e Cajueiro através do canal da Ogiva.
— O esgoto felizmente não chega às praias do Peró e das Conchas, mas é possível observar pequena quantidade de detritos na Praia Brava e uma poluição maior na Praia do Forte. Ao longo da costa, o mar escuro vai até a divisa com Saquarema. São resíduos não só da Laguna, como também de empreendimentos novos lançados na região costeira – explicou.
