O surfista de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, João Chianca, de 20 anos, vive a expectativa da retomada das competições no Circuito Mundial para ir em busca de uma vaga na elite dos top-34 que disputa o World Surf League Championship Tour. Ele é o irmão mais novo do campeão mundial de ondas grandes, Lucas “Chumbo” Chianca.
Em 2019, João conquistou o título sul-americano de surfe profissional da WSL Latin America com a sua primeira vitória no Circuito Mundial da World Surf League, no QS 3000 Heroes de Mayo Iquique Pro em maio do ano passado no Chile.
Como as etapas da WSL Latin America previstas para o segundo semestre de 2019 acabaram não acontecendo, o ranking sul-americano foi encerrado na semana seguinte a da vitória de João Chianca, na quinta etapa do ano e segunda consecutiva no Chile, o QS 3000 Maui and Sons Arica Pro Tour.
“A vitória no Chile foi incrível, a primeira da minha carreira e, certamente, me deixou bem mais leve e motivado para o restante do ano. Com certeza o troféu de campeão sul-americano já tem um lugar especial aqui em casa”, confidenciou João ao site esportivo GE.
Antes do início da pandemia, o surfista começou bem o ano de 2020 com o vice-campeonato no QS 5000 Volcom Pipe Pro, em fevereiro nos tubos de Pipeline. O surfista de Saquarema só perdeu para o paulista Wiggolly Dantas e o catarinense Yago Dora terminou em terceiro lugar.
“Para mim, a final no Volcom Pipe Pro foi o momento mais alto da minha carreira. Não por ser um bom resultado o segundo lugar também, mas pelo modo que as coisas aconteceram durante todo o evento. Foram muitas baterias boas que disputei naquelas ondas, que, para mim são, talvez, as melhores do mundo para competir”, afirmou João Chianca.
Após o vice-campeonato no Volcom Pipe Pro, João Chianca voltou ao Brasil para disputar outra etapa com status QS 5000, o Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha, mas perdeu na sua primeira bateria nas ondas da Cacimba do Padre. Depois, participou das duas provas mais importantes da perna australiana, ficando em 25º lugar no QS 5000 de Newcastle e em 49º no Challenger Series de 10.000 pontos de Sydney, que foram os últimos eventos da temporada 2020.
Com estes resultados, o jovem ocupa a 26º posição no ranking do WSL Qualifying Series.
“Já estamos há bastante tempo sem competir. Mas, o objetivo continua sendo o mesmo, se manter saudável e sempre com a mente focada na vaga na elite. Está sendo difícil para todo mundo esse momento, mas de positivo é que tenho tido mais tempo para ficar com minha família e amigos nesse ano. Eu sigo treinando forte, surfando bastante e espero que as coisas logo se normalizem”, finalizou o surfista.