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NOVA FASE DA OPERAÇÃO PONTO FINAL

PF cumpre mandados no Rio e em Paraíba do Sul

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro deflagrou na quinta-feira (30) uma nova fase da Operação Ponto Final. Desde 2017, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam supostos desvios para pagamento de propina no transporte público e no governo do estado.

Equipes da PF saíram para cumprir mandados de busca e apreensão ligados a Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, e ao empresário Rodrigo Chediak. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Investigadores localizaram uma conta na Holanda e transações imobiliárias em nome de terceiros, com o objetivo de lavar valores obtidos como propina de 2010 a 2016.

Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre prisões.

A Operação – De acordo com as investigações da força-tarefa, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do estado. As vantagens indevidas, segundo o MPF, eram pagas toda vez que era concedido um aumento nas tarifas, por exemplo.

Em julho de 2017, o juiz federal Marcelo Bretas expediu 12 mandados de prisão. Na ocasião, em dias diferentes, foram presos:

– Jacob Barata Filho, empresário do setor de transportes, suspeito de ter recebido R$ 23 milhões em propina;

– Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, suspeito de receber R$ 44 milhões;

– Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor, suspeito de receber R$ 1,57 milhão;

– José Carlos Reis Lavoura, conselheiro da Fetranspor, suspeito de receber R$ 40 milhões;

– Marcelo Traça Gonçalves, presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio de Janeiro (Setrerj) e apontado como realizador dos pagamentos.

Todos foram soltos e respondem em liberdade.

Em uma audiência na Justiça Federal em dezembro de 2018, o empresário Jacob Barata Filho afirmou que a Fetranspor pagou R$ 145 milhões a Sérgio Cabral entre 2010 e 2016. Jacob Barata não detalhou o que deste pagamento foi propina e o que foi utilizado para a campanha do ex-governador.

“Sempre houve pagamento de, no mínimo, um apoio de campanha através de caixa dois pelas empresas. Gostaria até de mencionar: o único governo que não tivemos apoio de campanha política foi o primeiro do Leonel Brizola (1983 -1987), isso em função de falta de entendimento político”, disse Barata.

Depois, ao relatar sua experiência no ramo, ele disse que a família está no setor desde a década de 50 e que, mais recentemente, as “contribuições de campanha eram quase obrigatórias”.

 

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