Polícia

Anistia Internacional cobra informações sobre operação no Complexo do Salgueiro

A Anistia Internacional do Brasil acionou o governo do estado do Rio, a Polícia Militar e o Ministério Público do Rio (MPRJ), solicitando informações detalhadas sobre a operação de domingo (21), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. A ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) terminou com nove mortos, oito deles encontrados pelos próprios moradores no lamaçal de uma região de mangue.

“É imperativo que a sociedade e os familiares das vítimas saibam a motivação legal da ação, quem a autorizou e se o MPRJ foi devidamente informado com a antecedência que preconiza a determinação do Supremo Tribunal Federal (ADPF 635)”, diz trecho da nota.

Na terça-feira (22), a Defensoria Pública do Rio afirmou que a operação foi comunicada tardiamente ao MP – o órgão só foi informado no sábado à tarde, embora tenha começado pela manhã. Foi neste dia que o sargento da PM Leandro da Silva, de 40 anos, morreu após sua guarnição ser atacada por criminosos.

A entidade internacional, em sua nota pública, diz ser “alarmante que familiares de vítimas da violência policial nas comunidades do Rio de Janeiro chorem constantemente pela perda de seus entes queridos, mesmo estando em vigor a determinação do Supremo Tribunal Federal que suspende as operações policiais nas favelas”.

O Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu que haja uma investigação independente sobre as mortes no Complexo do Salgueiro. A informação é do jornalista Jamil Chade. “Nosso escritório pede ao Ministério Público que conduza uma investigação independente, completa, imparcial e eficaz sobre essas mortes, de acordo com padrões internacionais”, afirmou a porta-voz da ONU, Marta Hurtado.

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