A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), escolheu 10 personalidades que protagonizam a luta pelos direitos femininos para receber o ‘Diploma Mulher Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro’. A eleição foi realizada durante uma reunião virtual, presidida pela deputada Renata Souza (PSol), que está à frente da comissão. A previsão é de que a cerimônia de premiação aconteça na segunda-feira (27).
Em sua 20ª edição, esse diploma foi criado na Alerj em 2003 e desde então já condecorou diversas mulheres, após criterioso processo de seleção e votação. Leolinda de Figueiredo Daltro foi educadora, ativista e fundadora do Partido Republicano Feminino, desempenhando um importante papel como precursora do feminismo. Foi graças a sua luta que as mulheres conseguiram direito ao voto.
Conheça as mulheres eleitas:
– Celecina Rodrigues, como coordenadora do Instituto ECOVIDA/RJ,realiza ações junto a vários Quilombos dialogando com pautas de autogestão, de autonomia através da criação de redes produção, de comercialização de Economia Solidária e de inclusão produtiva.
– Cládice Diniz realiza trabalho voluntário no CREA/RJ, é membro dos Conselhos Consultivos da ONG Engenheiros Sem Fronteiras e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários (CNTU), além de ser vice-coordenadora da Associação Nacional Engenharia pela Democracia (EngD), de defesa da democracia e do uso social da Engenharia.
– Claudenise da Silva é cadeirante por ter contraído a poliomielite aos 3 anos de idade. É fundadora e atualmente é presidente nacional do Movimento Democrático Afrodescendente pela Igualdade e Equidade Racial (MOVIDADE), além de ser uma das fundadoras e coordenadora do Fórum Municipal de Mulheres Negras de Maricá (FEMNEGRAS).
– Gabriela Von Beauvais é delegada de polícia e está na Instituição há mais de vinte anos. Atualmente é diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM), coordenando as 14 Delegacias de Mulheres do Estado do Rio de Janeiro e o Centro de Estudos e Pesquisa de Violência de Gênero no âmbito da Secretaria de Polícia Civil.
– Luciana Targino como é conhecida, é defensora das políticas públicas assertivas para as mulheres, é uma Promotora Legal Popular, formada pela UFRJ e uma Defensora Popular, formada pela Defensoria Pública. É Conselheira Municipal e Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher.
– Mara Ribeiro é professora da Rede Estadual de Ensino Público do Rio de Janeiro. Mara está sendo indicada ao prêmio por ter feito de sua dor instrumento de luta. Ela foi vítima do Racismo Estrutural quando foi diretora escolar.
– Maria Lúcia é reconhecida pelo trabalho com as pessoas vivendo e convivendo com HIV/Aids na área de prevenção, incidência política e acompanhamento dessa população, coordenando todas as dioceses/arquidioceses do estado. Atualmente ocupa uma cadeira com titularidade e suplência no Conselho Estadual de Saúde (CES), pela Pastoral da Aids.
– Nilcemar Nogueira é uma referência no trabalho social que desenvolve na Mangueira – no Museu do Samba, atuando na capacitação de mulheres, adultos, jovens e crianças. Atua fortemente na preservação da memória do samba e coordena o núcleo de história oral do museu do samba.
– Shirley Fátima foi diagnosticada com Psoríase, uma doença autoimune não contagiosa, aos 47 anos. Fez tratamento com todos os protocolos, mas ficou com lesões pelo corpo por 10 anos e hoje está em remissão. Ela tornou-se presidente da Associação dos Amigos e Portadores de Psoríase do Estado do Rio em 2011 e continua até a presente data.
– Tânia Lopes é fundadora e integrante do Coletivo Feminista do Autocuidado e Cuidado entre Defensoras de Direitos Humanos, um coletivo reconhecido internacionalmente. Também luta contra a violência urbana, diante do assassinato do seu irmão Jornalista Tim Lopes, que deixou o legado como precursor do jornalismo investigativo. Luta para que as mulheres vivam sem violência e com dignidade.