A Polícia Civil realizou, desde as primeiras horas da de terça-feira (25), a megaoperação Espoliador III contra diversos tipos de roubos em todo o estado. Os alvos são autores de roubo, receptação e latrocínio (roubo seguido de morte) foragidos da Justiça. Até o fechamento desta edição, 416 pessoas foram presas e quatro morreram em confronto com os policias, três em Resende, no Sul Fluminense, e uma em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense. Drogas e outros materiais em poder dos criminosos foram apreendidos.
De acordo com a Polícia Civil, as centenas de mandados são de inquéritos das delegacias de todo o estado e de levantamento realizado pela Polinter. Mais de 500 policiais participam da operação, referente à terceira fase das investigações.
Apenas em Campos, foram ao menos 11 presos. Diversas outras cidades do interior também registraram prisões como Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Macaé, Rio das Ostras, Quissamã, Itaocara, São Francisco de Itabapoana, entre outras.
As investigações apontaram que grande parte dos roubos praticados por traficantes que exploram a venda de drogas em comunidades e, para obter mais lucro, emprestam armas para a prática de roubos de cargas, de veículos, a pedestres, a residências, a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais.
“É importante ressaltar que as investigações das delegacias dão conta de que o tráfico de drogas, principalmente, é o responsável por fomentar grande parte dos roubos de veículos”, afirmou o delegado Felipe Curi, subsecretário operacional da Polícia Civil.
Ainda segundo a polícia, o crime organizado é responsável pela maior parte dos roubos nos estado. As investigações constataram que o tráfico de drogas e a milícia respondem por cerca de 79% dos roubos de veículos na capital, 73% na Baixada Fluminense e 84% em Niterói e São Gonçalo.
Em relação aos roubos de cargas, essas quadrilhas têm participação em pelo menos 65% das ocorrências na capital, 64% na Baixada e 62% em Niterói e São Gonçalo.
“O tráfico de drogas fomenta, principalmente, o roubo de veículos e o roubo de cargas. Eles têm em algumas comunidades até gerentes para estes tipos de crime”, destacou o delegado.
A ação também teve como objetivo a prisão de receptadores, que são responsáveis por adquirir o produto dos roubos praticados e estimular essa prática criminosa, e a prisão de autores de latrocínios, que acabam matando a vítima por causa do roubo.
A Polícia Civil disse que em 2019 indiciou 12.587 assaltantes, o que representa um aumento de 18,8% em relação a 2018. Além disso, no mesmo ano foram presos 2.135 ladrões (mais de 100% de aumento comparado com 2018).
A ação foi coordenada pela Subsecretaria Planejamento e Integração Operacional e teve a participação dos departamentos gerais de Polícia da Capital (DGPC), da Baixada Fluminense (DGPB), do Interior (DGPI), Especializada (DGPE) e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP).
Índices de roubos de janeiro a julho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019*:
. Roubo de rua: – 42%
. Roubo de veículo: -37%
. Roubo de carga: -34%
* De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP)
