
Em uma manhã de escuta, aprendizado e conexão com as tradições quilombolas, educadores que atuam nas 11 escolas quilombolas de Cabo Frio participaram, no sábado (31), de uma vivência formativa no Quilombo Preto Forro. A atividade faz parte do curso Escola Quilombo promovida em parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC) e a Secretaria Municipal de Educação (SEME).
A proposta da vivência foi ampliar a escuta e o olhar dos educadores para o modo de vida e os saberes das comunidades quilombolas.
Durante a visita, os participantes puderam conhecer a plantação do Sr. Manoel, “griot” da comunidade – guardião da memória, das histórias orais e dos saberes tradicionais transmitidos de geração em geração – e dialogar sobre a relação ancestral da comunidade com a terra, entendendo o cultivo como uma forma de resistência e memória.
O encontro também contou com a fala da presidente da Associação de Remanescentes de Quilombo de Preto Forro (ARQUIFORRO), Andressa dos Santos Fernandes, que compartilhou a trajetória de luta por reconhecimento da comunidade, além dos desafios enfrentados pelas famílias quilombolas ao longo dos anos.
Mais do que uma aula a céu aberto, a vivência buscou fortalecer o vínculo entre escola e território, promovendo o diálogo entre os saberes tradicionais e os conteúdos escolares. Ao proporcionar experiências como essa, o município de Cabo Frio continua avançando na construção de práticas pedagógicas que valorizam a identidade, a história e a cultura das comunidades quilombolas, contribuindo para uma escola mais inclusiva, justa e representativa.