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WITZEL NA CORDA BAMBA

Após firma acordo de delação premiada, Ex-secretário de Saúde do Rio entrega provas contra Witzel

O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, entregou um conjunto de provas materiais que revelariam em detalhes, segundo investigadores, a participação do governador Wilson Witzel no esquema de corrupção na Saúde do estado.

Preso por suspeita de desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia do novo coronavírus, Edmar firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). As informações são da revista Veja.

Ainda de acordo com a Veja, além de apresentar evidências concretas contra Witzel, o ex-secretário se compromete no acordo a devolver 8,5 milhões de reais à Justiça. “Ele entrega o dinheiro e os culpados”, diz um investigador.

Edmar Santos foi exonerado do cargo no dia 17 de maio pelo governador Wilson Witzel, após o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagrarem a Operação Favorito, para investigar possíveis fraudes na compra de respiradores.

Liberdade

Um dos indícios que reforçam o acerto é o pedido de liberdade feito pelo órgão em favor de Santos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na segunda-feira (13). Os termos do acordo ainda não foram divulgados, mas teriam como alvo o governador do Rio, Wilson Witzel.

No domingo (12), a Procuradoria confirmou ter iniciado as tratativas com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), responsável pelo pedido de prisão preventiva do ex-secretário do governo Witzel, na semana passada, para o compartilhamento de provas da investigação.

A PGR já conduz o inquérito relacionado à Operação Placebo, que apura os mesmos fatos e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador.

Procurado, o órgão disse que não se manifesta sobre supostos acordos de colaboração.

Nas redes sociais, Witzel disse ter recebido a informação pela imprensa com serenidade e firmeza: “Minha trajetória de vida fala por mim. Jamais me desviei do caminho da lei e, desde janeiro de 2019, do objetivo de reerguer o nosso Estado. Nem eu e nem ninguém pode ser acusado de qualquer irregularidade sem prova”.

Suspensão do impeachment de Witzel

O governador Wilson Witzel entrou com um mandado de segurança para pedir o cancelamento de seu processo de impeachment. Segundo informações, ainda na última terça-feira (14), o documento, que alega irregularidades no caso, foi analisado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) que pediu mais informações sobre a situação e os envolvidos para decidir se atenderá o pedido a Witzel ou não. As informações são do jornal O Dia.

O processo de impeachment no qual Witzel vem sendo acusado foi feito pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, que o acusam do crime de responsabilidade. O governador está respondendo pelo processo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

De acordo com o que foi informado pelo TJRJ, o desembargador que analisa o caso, Elton Leme, informou que os acusados de cometerem as irregularidades no documento apresentado pela defesa de Witzel (como o o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), e o presidente da Comissão Especial de Impeachment, Chico Machado (PSD)) tem até 10 dias para responder ao pedido e apresentar mais informações sobre o caso.

Segundo o mandado de segurança de Witzel, seu processo de impeachment sofre irregularidades e a defesa do governador ainda afirma que Ceciliano, Machado e o relator da comissão, Rodrigo Bacellar, cometeram um “ato ilegal e violador de garantias fundamentais” no caso.

O TJRJ ainda afirmou que “com a vinda dessas informações, o desembargador vai analisar o pedido de liminar feito pelo governador.”

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