Turismo

Conheça o melhor de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro

Município situado na divisa com o estado de Minas Gerais, caracterizado como Estância Hidromineral, Paraíba do Sul possui hotéis e restaurantes de boa qualidade. Hoje o turismo é apontado como principal setor a ser desenvolvido com destaque para o ecoturismo, turismo religioso e histórico. Seu nome homenageia o Rio que banha o Município. Seus padroeiros são São Pedro e São Paulo.

Foi palco de pregações de Tiradentes e preserva construções históricas onde hoje funcionam centros culturais. Na zona rural, o hotel Fazenda Jatahy é conhecido por suas cavalgadas.

História

Em 1681 Garcia Rodrigues Paes, filho do Bandeirante, Fernão Dias, descobriu um remanso no Rio Paraíba do Sul. Sabendo que o local era próximo ao Rio de Janeiro, viu a possibilidade de ali abrir um novo caminho que aproximasse o tráfego entre as minas de pedras preciosas (descobertas pelo seu pai) ao porto do Rio de Janeiro.

Segundo documentação, em 1682 Garcia firma um contrato prometendo abrir “o mais direto caminho que pode haver entre as minas e o mar”. Recebendo em troca pelos serviços prestados, terras e privilégios, desde que descobertas ouro e pedras preciosas.

No ano de 1683, surge a ocupação inicial com a Fazenda de Garcia que deu origem a cidade. Após 15 anos, com a descoberta e exploração do ouro em Minas Gerais, iniciou a abertura do Caminho Novo.

A Fazenda da Parahyba se tornou local de abastecimento com milho, peixe e caça para as frentes de trabalho de índios purís, escravizados pelos agregados de Garcia – os curibocas guaianás do Planalto de São Paulo.

O trecho do caminho entre Paraíba e Rio de Janeiro foi concluído em 1700, e em 1704 atingiu a Mantiqueira, onde o Caminho Novo uniu-se ao já existente que vinha de São Paulo. O guarda mor das Minas, Garcia Rodrigues Paes, recebe sesmarias de quase 40 Km x 13Km ao longo do caminho.

Vindo a falecer em Paraíba do Sul no ano de 1738, Garcia deixa uma das maiores fortunas do Brasil Colonial a seus descendentes – os Paes Lemes – que mantiveram as terras da Fazenda da Parahyba vivendo de arrendamentos e recebendo “foros” até 1833, quando então é elevada a Villa da Parahyba do Sul.

Paraíba do Sul está intimamente ligada a história da Inconfidência. Possui na Vila de Sebolas, 3º distrito, os restos mortais de Tiradentes; que por determinação da sentença de morte, foram expostas em frente à Fazenda das Sebollas, local onde o inconfidente pregava a Independência do Brasil.

 Atrações

Praça Marquês de São João Marcos

Primeiro núcleo de povoamento do município, nas margens do rio Paraíba do Sul, terra dos índios Puri. Garcia Rodrigues Paes, que abrindo o “Caminho Novo” das Minas Gerais para o porto do Rio de Janeiro, fez ai o seu “pouso”.

Em 1715, Garcia edificou no local uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição da Santa Virgem e dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

O coreto, tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural – INEPAC, sob o processo de nº E-18/300. 288/85, tombamento provisório de 16/12/1985, localiza-se no centro da grande praça, com paisagismo típico do segundo reinado, assinalado pelos renques de 60 palmeiras imperiais, plantadas em novembro de 1868, colocadas em fileiras em formato de cruz. O coreto de refinada execução foi construído por Francisco Ferreira Ribeiro, o “Chico do Sossego”, no início do século XX, com base de pedra sextavada e cobertura metálica com lambrequim sustentada por seis pilares que apóiam o gradil de ferro, trabalho detalhado do ferreiro Augusto Batista Ferreira. Era o local de antigas retretas, onde havia apresentações de bandas musicais da cidade.

A praça teve anteriormente outros nomes: Largo das Palmeiras, Jardim Municipal e Praça Marques de São João Marcos, em homenagem a família Paes Leme.O jardim de influência do romantismo inglês proporciona a sensação de integração à natureza, com seus canteiros, espelhos d’água, repuxos, fontes e aconchegante bosque.

Praça Garcia

Local onde Garcia Rodrigues Paes acampou pela primeira vez no que viria a ser o município de Paraíba do Sul. A praça, toda arborizada, fica perto da Matriz de São Pedro e São Paulo e da Ponte da Parahyba.

Ponte Férrea Dr. Leopoldo Teixeira Leite

Construída sobre o Rio Paraíba do Sul, sua estrutura de ferro é de origem inglesa. Construída pelo engenheiro Paulo de Frontin, no km 164.804 da Linha Tronco da Divisão Auxiliar, administrada pela E. F. Melhoramentos do Brasil, a Linha Auxiliar, com percurso de 240.108 quilômetros, começava em Alfredo Maia no Rio de Janeiro, passando por Paraíba do Sul, seguindo até Porto Novo, em Minas Gerais.

A construção da ponte começou em 02 de fevereiro de 1892, inaugurada em 29 de março de 1898.

Recebeu o nome em homenagem ao Drº Leopoldo Teixeira Leite – Presidente da Câmara no período de 1892 a 1896, época de sua construção.

Pedra da Tocaia

Localizada no 2º Distrito, a pedra com altura de 800 metros, está circundada por densa floresta, apresentando variadas espécies vegetais, onde o acesso só é possível através de caminhada ou a cavalo. Ideal para quem gosta de aventura. Seu nome é uma referência a sua utilização no passado, quando bandeirantes subiam ao topo para vigiar os arredores do município. É o ponto mais alto de Paraíba do Sul.

Estação Ferroviária de Werneck

Construída pelo engenheiro Paulo de Frontin em 1898. O local da construção pertencia às terras da Fazenda Glória do Mundo, que foram doadas pelo seu proprietário João Quirino da Rocha Werneck, o “Barão de Palmeiras”. Em homenagem a sua família, a Estação Ferroviária recebeu o nome de Werneck. Vale ressaltar que a ocupação inicial ocorreu com a doação de terras que pertenciam à Fazenda Glória do Mundo, surgindo o então distrito de Werneck.

Após a desativação da Linha Auxiliar a estação perde sua função inicial. Entre 1989 e 1992 instala-se no prédio um Centro de Cultura e Biblioteca. Após 1997 instala-se um Centro de Informática com Curso Profissionalizante e Biblioteca. Atualmente o prédio abriga a Associação dos Artesãos de Werneck, com venda de produtos dos artesãos locais.

Estação Ferroviária de Cavarú

Localizada em Cavarú, zona tipicamente rural, com grande número de sítios e fazendas em seus arredores. Na praça do vilarejo tem um antigo armazém com características coloniais, e a Igreja Imaculado Coração de Maria.

A estação foi construída e inaugurada em 1898, pelo engenheiro Paulo de Frontin, para servir a chamada Linha Auxiliar.

O prédio foi restaurado em 2003, foram feitas algumas reformas em seu entorno. Possui uma cafeteria e lojas de artesanato com produtos da região.

Parque das Águas Minerais Salutaris

O parque por muitos anos foi a menina dos olhos de Paraíba do Sul. Após 15 anos desativado, o Parque das Águas Minerais Salutaris foi totalmente reformado, ganhando uma pista de skate, de cooper, campo de futebol, quadra poliesportiva e pista de kart, tornando-se uma excelente área de lazer. Seu fontanário possui três fontes denominadas: Alexandre Abrahão, Nilo Peçanha e Maria Rita. Logo na entrada do parque é possível se surpreender com o fontanário, devido a uma concha acústica que foi construída sobre as fontes, o som se modifica conforme a distância em que o visitante se encontra.

O visitante encontra ainda uma variedade de árvores na vegetação no entorno do Parque: imbaúbas, amendoeiras, bambus, canelas, eucaliptos, azáleas e samambaias.

 

Arquitetura

Palacete Barão Ribeiro de Sá

Edifício da última metade do século XIX, eclético classicizante de influência renascentista. Possui quatro fachadas, o vão central é valorizado pela sua escadaria monumental. No pavimento superior, janelas com pequenos balcões sacados, grades em ferro fundido e um frontão triangular contendo o brasão do baronato. Construída para residência de um dos maiores beneméritos de Paraíba do Sul, Miguel Ribeiro de Sá, o Barão Ribeiro de Sá (título nominal recebido em 1882). A antiga residência serviu posteriormente para estabelecimentos educacionais e culturais. Hoje é sede da Prefeitura Municipal.

Ponte da Parahyba

Construída pelo Barão de Mauá, suas ferragens foram fundidas na Fundição da Ponta-da-Areia em Niterói. Projetada pelo engenheiro Douglas Dogdson com peças de treliça, medindo cada uma 2,64m que facilitaria seu transporte pelas tropas de muares que obrigatoriamente atravessariam a Serra em direção a Paraíba do Sul. Possui quatro pilares maciços construídos em cantaria lavrada para sua sustentação. Foi inaugurada em 1857, favorecendo a travessia do rio, onde era cobrado um pedágio no período entre 1857 a 1889.

Estação Ferroviária do Centro

Em 1867, com a presença do Imperador, foi inaugurada a primeira estação ferroviária de Paraíba do Sul. Fazendo parte do eixo Rio-Minas da então Estrada de Ferro D. Pedro II, mais tarde Central do Brasil. Na época o trajeto trouxe benefícios aos fazendeiros do Vale do Paraíba, região muito rica em plantações de café. Favorecendo principalmente o escoamento da produção cafeeira para o Porto do Rio de Janeiro. A antiga estação foi demolida no início do século XX sendo construída a atual pelo engenheiro Paulo de Frontin, integrando em 1903 sua Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil, a Central do Brasil. Foi construída uma segunda linha férrea -“A Auxiliar” – para atender as cidades que ficavam fora do eixo Rio-São Paulo-Minas da EFCB. Hoje a mesma estação acolhe passageiros que embarcam na viagem turística do Trem da Estrada Real.

Palácio Tiradentes

Prédio com características arquitetônicas do período neoclássico, construção inicialmente térrea datada de 1856. Com funções de uso misto, residência, casa bancária e armazém de café. Em 1872 passa a sediar a Câmara Municipal, responsável pela conclusão da obra iniciada, construindo assim a parte superior do sobrado.

Fórum

Prédio de grande porte, com características arquitetônicas do período neoclássico. Construído em 1898, para abrigar a grande atividade forense ali exercida. Reconhecida na corte, pelos importantes inventários processados, atraindo muitos advogados para esta Comarca. Tornando-se um dos maiores centros jurídicos fluminenses da época.

Cultura

Centro Municipal de Cultura Profª. Maria de Lourdes Tavares

O Centro Municipal de Cultura Profª. Maria de Lourdes Tavares Soares está localizado na antiga Estação Ferroviária de Paraíba do Sul, onde se encontra a plataforma e a passagem subterrânea datada de 1913. Ponto de partida do Trem da Estrada Real possui dois museus, Cinema Popular, Galeria Cultural, lojas de artesanato local e grande pátio ajardinado.

Cinema Popular Nívea Stelmann

Projeto pioneiro, totalmente gratuito, com capacidade para 70 pessoas, projetado para oferecer conforto e qualidade para a população, que há mais de 20 anos não possuía um cinema na cidade. Apresenta filmes nacionais, científicos e históricos. Juntamente com o projeto Memória Viva que tem por objetivo o resgate da história contemporânea através de depoimentos dos moradores da cidade. Registrado em vídeo, compondo o acervo histórico documental do Cinema Popular Nívea Stelmann.

Museu Ferroviário José Pereira Palhares

Com acervo tridimensional, peças representativas da história ferroviária, maquete, fotos e documentos.

Galeria Cultural Luís Carlos Tavares Coelho

Instalada na passagem subterrânea da estação ferroviária com painéis fotográficos descritivos sobre a história da cidade, pontos turísticos, religiosos, ecológicos e rurais.

Museu Sacro-Histórico de Tiradentes

O Museu de Tiradentes foi inaugurado a 1º de abril de 1972 e se encontra instalado numa pequena casa, no distrito de Inconfidência, apresentando cinco salas com acervo diversificado.

Bibliotecas Municipais

Atualmente o municipío de Paraíba do Sul conta com três bibliotecas municipais.

Biblioteca Municipal Maria da Conceição Almeida Passos (Câmara Municipal) – Praça Garcia, 96 – Centro

Biblioteca Mariana Barbosa de Matos – Museu Sacro-Histórico de Tiradentes – 3º Distrito – Inconfidência

Biblioteca Carolina do Amaral Andrade – Escola Municipal Marli Madeira – 4º Distrito – Werneck

Funcionamento: de segunda à sexta, das 8h às 17h.

Theatro Municipal Mariano Aranha

Inaugurado em 1892 como “Theatro Gymnástico Parahybano”, com apresentações de companhias teatrais de renome nacional.

Em 1914 o teatro é arrendado à Companhia Spine, passando a ser chamado de Cine Iris, espaço multiuso para peças teatrais e projeções cinematográficas.
Nos anos 50 passa recebe o nome de Cine Popular e no final dos anos 60 de Teatro Procópio Ferreira. Logo em seguida fecha suas portas, ficando o prédio em total abandono por 43 anos. Sendo reformado em 2004, recebendo o nome de Theatro Municipal Mariano Aranha.

 

Turismo Religioso

Igreja Matriz de São Pedro e São Paulo

Em 14 de março de 1860, assentou-se a pedra fundamental, sendo toda a obra concluída em 9 de abril de 1882, recebendo os Foros de Matriz, em louvor a Nossa Senhora da Conceição da Santa Virgem e dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Construção de grande porte, estilo neoclássico, com frontão triangular demarcando a Nave Central, com torres laterais formando o eixo central de simetria. Até 1932 suas torres limitavam-se a altura do frontão, e em 1933 foram concluídas para abrigar seus sinos. Possuía um grandioso altar-mor e cinco altares laterais. O interior da igreja sofreu diversas modificações, descaracterizando sua construção original.

Santuário Bom Jesus de Matosinhos

Localizado no distrito de Werneck, o Santuário Bom Jesus de Matozinhos, segundo dados históricos, em meados do século XVIII já havia devoção à imagem do Cristo Crucificado. No local foram erguidas três igrejas. A primeira em 1774, com altar-mor e dois laterais. 88 anos depois, em 1862, foi construída a segunda, que ficou em ruínas. A igreja atual, erguida em 1959, recebe grande romaria todo último domingo de agosto, onde os fiéis dão graças aos milagres e pagam suas promessas. No local existe uma sala de “ex-votos” com testemunhos milagrosos, desde o século XVIII.

Igreja N. S. de Sant’Ana de Inconfidência

A primitiva ermida precedeu o cemitério colonial, iniciado em 1740. A capela que a substituiu, 1770, é célebre em nossa história por ter recebido em seu chão, em 1792, os despojos de Tiradentes, expostos diante da fazenda local. Devido à exiguidade da várzea, que impedia a expansão da vila, esta foi removida em 1894 para o local de hoje, com a inauguração do atual templo. A paróquia de Santana foi criada em 1839.

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Por iniciativa de Manoel José Correa da Silva, cria-se a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, visando angariar donativos para a construção de uma capela. Localizada no cume de um morro, sua construção é iniciada em 1854 e concluída seis anos depois. A igreja é de pequeno porte, com características coloniais de arquitetura simplória. Sua estrutura é em madeira, pedra e pau a pique. Em 1881 sua única torre foi erguida para abrigar quatro sinos de bronze e um relógio de origem inglesa; que durante muitos anos serviu como regulador dos horários da população da cidade.

 Capela de São Sebastião

A capela de São Sebastião é de pequeno porte. O conjunto nave é de pouca altura, pórtico e torre sineira. Lembra as pequenas capelas das missões. Com o desenvolvimento urbanístico da região, a capela sofreu modificações arquitetônicas, sendo concluída em 15 de janeiro de 1967. Localizada em Fernandó, a 5 km ao sul da Praça Garcia.

Igreja Matriz de Santo Antônio da Encruzilhada

Segundo tradição local a devoção a Santo Antônio vem do sepultamento improvisado do “menino Antônio”, na Várzea, fronteira ao cemitério, vitimado pela varíola no ano de 1836. Os moradores da cidade, temerosos do contágio da doença, impediram a travessia do pequeno corpo que seria levado ao cemitério do morro da Casa Grande. Sendo assim, tomaram o rumo em direção ao longínquo cemitério da Várzea. Surgiu então a idéia de sepultá-lo junto ao caminho. Na cruz do sepulcro, nasceu à devoção a Santo Antônio dos Pobres da Encruzilhada do Lucas. A paróquia criada em 1855, deu-se o início da construção da igreja, concluída em 1872. Fachada simplória, com quatro colunas em cantaria, porta de acesso arqueada e sete janelas frontais.

Igreja Nossa Senhora de Santana

Localizada no bairro Lavapés, foi construída em meados do século XIX por iniciativa dos comerciantes que tinham seus estabelecimentos junto à praça, destacando-se os portugueses José Rodrigues Gonçalves Ferreira, Antonio José Soares de Souza e José Rodrigues Tigre, que iniciaram as obras em 1855, sendo concluída em 1858. Com ajuda da comunidade construiu-se o altar-mor e a imagem da padroeira foi ofertada pelo fazendeiro João Jacintho do Couto. Foi a terceira igreja construída na cidade. De arquitetura simplória, sua estrutura original não resistiu ao tempo e seu estilo arquitetônico foi descaracterizado na tentativa de restauração nos anos 50.

 Capela de Nossa Senhora das Graças

Construída com donativos da Sra. Maria Augusta de Oliveira Penna (in memoriam) a seu pai Dr. Randolpho Penna, devoto de N.S. das Graças. Sua construção iniciou em 1º de maio de 1922, e foi inaugurada em 31 de maio de 1923. É uma capela de pequeno porte, apresentando características góticas. Sua planta tem formato hexagonal na fachada principal, o vão que antecede a porta de acesso possui três arcos ogivais que sustentam a torre sineira. As suas laterais possuem 12 vitrais, também em forma de ogiva.

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